Linha de camisetas para a Copa tem duplo sentido, segundo governo.
Presidente Dilma destacou no Twitter esforços contra o turismo sexual.
Uma linha de camisetas da Adidas feitas para a Copa, à venda no site da empresa nos Estados Unidos, irritou o governo brasileiro por haver conotação sexual nos desenhos. A coleção pegou tão mal que motivou a presidente da República, Dilma Rousseff, a escrever no Twitter que o país não aceita e está pronto para combater o turismo sexual. O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) afirmou ter procurado a Adidas para pedir que as peças sejam retiradas do mercado.
“Vamos entrar em contato com a direção da Adidas, fazendo um apelo para que reveja essa atitude e tire os produtos do mercado”, afirmou o presidente da Embratur, Flávio Dino, por meio de nota. “Essa campanha vai no sentido contrário ao que o Brasil defende. Nosso esforço é voltado para a promoção do Brasil pelos atributos naturais e culturais.”
Em uma das camisetas há o desenho de um coração e um triângulo no meio, dando a impressão de que são nádegas com um biquíni fio dental, e a frase: “I love Brazil” (Eu amo o Brasil). Na outra, há o desenho de uma garota, também de biquíni, com a frase “Lookin’ to score”, que pode ser traduzida como “Atrás de pegar garotas”. Ambas são vendidas na faixa de US$ 25 (perto de R$ 60).
A polêmica linha de camisetas fez a presidente Dilma se posicionar em sua conta no Twitter. Ela não cita diretamente os produtos ou a Adidas, mas, em quatro mensagens, fala sobre a política contra exploração sexual que trava o país. Na primeira delas, declarou que “O Brasil está feliz em receber turistas q chegarão p/ Copa, mas também está pronto p/ combater o turismo sexual”.
Em nota, o presidente da Embratur também reforçou a repressão ao “turismo sexual”. “A exploração sexual é um crime inaceitável e não pode ser confundida de forma alguma com uma modalidade de turismo”, afirma Dino. “Queremos deixar claro aos nossos principais parceiros comerciais na área do turismo que o Brasil não tolera esse tipo de crime em seu território.” (G1)