Prestes a deixar o Supremo Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa decidiu se afastar da relatoria de todas as execuções penais vinculadas ao caso do mensalão e demais processos ligados à ação penal 470.
Em um documento divulgado nesta terça-feira (17), de acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, Barbosa diz que a decisão aconteceu após ele perceber que vários advogados que atuam nas execuções penais do mensalão passaram a agir “politicamente”, de forma pública, com insultos pessoais contra o ministro.
“Assim, julgo que a atitude juridicamente mais adequada neste momento é afastar-me da relatoria de todas as execuções penais oriundas da AP470”, escreveu Barbosa.
Nesta segunda-feira (16), a Procuradoria da República no Distrito Federal recebeu uma representação do presidente do STF, Joaquim Barbosa, contra o advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende o ex-presidente do PT José Genoino, por desacato, calúnia, difamação e injúria.
A representação faz referência ao ocorrido na sessão plenária do STF do dia 11 de junho, quando o advogado teve seu microfone cortado por Barbosa e, em seguida, foi expulso do plenário. Pacheco pedia insistentemente que a corte analisasse o pedido de prisão domiciliar de Genoino. Após ser retirado do plenário, o advogado afirmou que o presidente do Supremo é uma figura “nefasta”. Reprodução/BOL