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O cinema foi movido a energia solar e produzido por cineastas indígenas

Cine Solar Tupã. Foto: Divulgação
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Em comemoração ao dia do índio, aconteceu nesta terça-feira 19/4 um grande evento no vão livre do Masp (Av Paulista, 1578), em São Paulo. O projeto de cinema itinerante Cine solar, que utiliza energia solar – limpa e renovável – para a exibição de filmes realizou em conjunto com o projeto Territórios da Dignidade, o lançamento do “Cinesolar Tupã”. Na ocasião, foi apresentada a segunda unidade móvel* do projeto que exibiu filmes produzidos por cineastas indígenas.

Em maio, o Cinesolar Tupã levará filmes a quatro aldeias guaranis, entre São Paulo, Paraná e Santa Catarina, promovendo, segundo o escritor e empreendedor Kaká Werá Jecupé, coordenador nacional dos Territórios da Dignidade, um relacionamento lúdico associado a reflexões sobre questões relativas à cultura, valores e cidadania, em meio à pluralidade étnica da sociedade brasileira.

Cine Solar Tupã. Foto: Divulgação
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Kaká destaca que um dos motes do projeto foi mostrar a todos (no Masp) e aos índios (nas aldeias) a produção cultural feita pelos próprios índios. “Nas aldeias, é particularmente importante que conheçam e valorizem a sua própria cultura. A falta de valorização é um dos fatores que leva tantos índios ao alcoolismo e ao suicídio”, afirma.

Segundo a idealizadora e coordenadora do Cinesolar, Cynthia Alario, a junção do projeto Territórios da Dignidade com o Cinesolar “se dá na valorização e difusão dos valores da cultura indígena, o que resgata a dignidade cultural através do cinema: seja na exibição dos filmes produzidos pelos cineastas indígenas, seja através da realização de oficinas nas aldeias que o Cinesolar percorrer”. Cynthia diz ainda que o Cinesolar Tupã busca atrelar temas a ancestralidade e tecnologia. “Tem em sua base a difusão da arte, da sustentabilidade, do cinema e da cultura de paz”, afirma.

Cine Solar Tupã. Foto: Divulgação
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O Projeto Territórios da Dignidade tem como objetivo a difusão de visões de mundo das matrizes indígenas do Brasil, como maneira de expressar seus valores e dignidade cultural. A coordenação e curadoria em São Paulo é comunicador, empresário e editor de livros, Gregor Osipoff e da arquiteta Cris Gouveia.

O evento no Masp foi realizado pela Brazucah Produções, Cinesolar, Territórios Indígenas da Dignidade e CDG Editora. Tem apoio do Masp, Rádio Yandé, SPCINE, Surya Cosméticos, Vídeo nas Aldeias, Aldeia.SP (mostra de cinema indígena) e Secretaria de Direitos Humanos de São Paulo. A assessoria de imprensa é da Gontof Comunicação com apoio da Thomaz Assessoria de impresa.

* Van equipada com placas solares que possibilitam, através de um sistema conversor de energia solar para elétrica, a exibição de filmes e apresentações artísticas. No interior do veículo também há cadeiras para o público, sistema de som e projeção, telão e até um estúdio de gravação e edição. Além disso, a van é customizada com a temática indígena.

Cine Solar Tupã. Foto: Divulgação
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Cine Solar Tupã. Foto: Divulgação
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Sobre o Cinesolar

Inovadora iniciativa brasileira que exibe filmes a partir da energia solar, o Cinesolar, de cinema itinerante, é o primeiro a utilizar a tecnologia no Brasil. Desde 2013 na estrada, contabiliza números positivos à cada sessão. “O Brasil tem um incrível potencial em energias renováveis. E por que não se beneficiar no campo do entretenimento, das artes e da cultura? Nosso objetivo é, além de democratizar o acesso à produção audiovisual nacional, trabalhar com ações sustentáveis que multipliquem a conscientização ambiental e mostrem a força que a energia solar tem por aqui”, diz Cynthia Alario, idealizadora e coordenadora do projeto.

O Cinesolar é equipado com placas solares que possibilitam, através de um sistema conversor de energia solar para elétrica, a exibição de filmes e as apresentações artísticas. No interior do veículo também há cadeiras para o público, sistema de som e projeção, telão e até uma cabine de DJ. Desde o início das atividades, o cinema já realizou mais de 200 sessões em centenas de cidades do País, chegando a cerca de 40 mil espectadores. A economia de energia elétrica chega a 500 mil watts, equivalentes a cerca de 900 horas de uma geladeira ligada sem interrupções.

Os filmes exibidos sempre trabalham questões ligadas à sustentabilidade com foco em três eixos: social, econômico e ambiental. Além das sessões, a iniciativa ainda promove oficinas de cinema, música orgânica e ecografite para crianças e adolescentes. Estas atividades propõem a reciclagem de materiais para a confecção de instrumentos musicais e o preparo de pigmentos naturais, como argila e urucum, nas pinturas produzidas pelos participantes.

Página Oficial Territórios da Dignidade
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