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Renata Spallicci
Renata Spallicci Foto Fernando TorquattoMF Press Global

Renata Spallicci, que sofria bullying na infância e hoje é chamada de “Executiva Sarada” por seu corpo impecável, fala sobre a inspiração para o seu livro “Do sonho à realização”, que será lançado dia 18 de maio, e sobre a criação de sua própria editora, a Legacy.

“A inspiração para o livro foi a palestra que fui convidada para fazer pela primeira vez há dois anos e que foi a primeira vez que palestrei falando sobre a minha vida. Estava muito acostumada a falar em público em grandes eventos por conta da minha carreira como executiva na indústria farmacêutica. Fui nascida e criada neste berço de falar em público, porém nunca havia tido a oportunidade de falar com as pessoas sobre a minha história. No dia em que fiz a minha primeira palestra fiquei muito apaixonada. Foi um dia muito marcante e mágico porque percebi o quanto podia inspirar, empoderar as pessoas e transformar a vida delas. Aí viciei, comecei a gostar bastante, fui convidada algumas vezes para palestrar e fui também amadurecendo a minha palestra, consolidando as histórias que realmente marcaram a minha vida entre tombos e conquistas e fui entendendo por um processo de autoconhecimento que caminhou em paralelo que cada etapa da minha vida que cada batalha vencida, que cada etapa concluída fez com que a Renata que existe hoje estivesse aqui. Então consegui formar a Renata profissional e pessoa com tudo que queria. Me tornei de uma menina sonhadora e frustrada por ter muitos sonhos e não conseguir colocar todos em prática em uma mulher realizadora que inspira as outras pessoas a partir da sua história. Em algum momento quis materializar e deixar isso como legado, em uma história escrita”, detalha a atleta profissional WBFF, executiva, blogueira, escritora, empreendedora e coach.

Renata Spallicci
Renata Spallicci Foto Fernando TorquattoMF Press Global

A morena de 35 anos revela que já tem mais dois livros na cabeça e em rascunhos para escrever no futuro, e explica o que a motivou a lançar a Editora Legacy em pleno momento de crise econômica: “Enxergo oportunidade na crise, acredito que o mercado editorial ainda tem muito espaço. Acredito bastante na inovação e quero trazer para o mercado editorial uma sinergia entre online e offline”.

“Acredito muito na literatura pois ela tende a também se transformar e acho que a gente tem que se adaptar em linguagem. Como editora, tenho agora um papel de transmitir informação às pessoas e informação de qualidade, mas informação e cultura em uma linguagem que elas querem consumir. Não acredito que o livro vai acabar nunca, acredito que o livro digital, os vídeos e as mídias vão tomar uma proporção maior. O ser humano gosta e tem todos os sentidos muito aguçados justamente porque gostamos de tocar, de ver, e a sensação de ler um livro em papel acho que nunca vai se perder. Cabe também a nós manter essa espécie de tradição para nossos filhos e para as próximas gerações. O livro vai se transformar, vai ter um crossmedia e acho que a livraria vai virar boutique. Acredito que não vamos ter muitas livrarias físicas no futuro, acredito muito na compra online para o mercado editorial, mas sempre vão ter as livrarias como existem as bibliotecas e sempre vai ser um espaço de renovação, de busca de novidades. Sou apaixonada por livraria e a coisa mais difícil é eu entrar sem sair com uma pilha de livros. É um vício, uma coisa muito complicada pois realmente gosto muito. As crianças que são criadas com uma tendência à leitura se demonstram muito diferenciadas desde muito cedo. A leitura só traz benefícios e desenvolve muito a linguagem, a capacidade de comunicação e a relação com as emoções. Teremos novos aliados e novas ferramentas em conjunto inclusive com o livro físico. Que ele também se torne digital, também traga outras fontes de inspiração e outros complementos assim como sempre existiram os filmes e as séries. Acho que esse papel vai se tornar muito grande com o YouTube, com as mídias sociais. Vai ter o pós-livro e uma vez o livro lançado acho que com a repercussão, com o sucesso, vão vir muitas outras ondas decorrentes do material original”, completa Renata Spallicci.

Renata Spallicci
Renata Spallicci Foto Fernando TorquattoMF Press Global

Coach sofreu bullying no passado

Renata Spallicci conta como a nerd gordinha se tornou campeã fitness do WBFF (World Beauty Fitness & Fashion): “Quem olha para mim hoje jamais imagina que sofri bullying, aquelas brincadeiras e apelidos desagradáveis que nos cercam geralmente por algum ‘defeito’ que temos. Nunca me encontrei no padrão de beleza imposto pela sociedade. Meus cabelos encaracolados e meus quilos a mais incomodavam meus colegas que reagiam com ofensas e brincadeiras ruins. Vivi uma pré-adolescência conturbada pois os 15 minutos de intervalo da escola era um verdadeiro tormento para quem tinha que conviver com essa situação. As provocações eram tão dolorosas que cheguei a pedir ao meu pai que me trocasse de escola pois não aguentava os desrespeitos diários. Foram essas frustações que me impulsionaram a mudar minha vida e agir de maneira diferente tendo força para correr atrás dos meus objetivos e me tornar uma pessoa mais forte”.

“Após a faculdade comecei a praticar musculação apenas como lazer. Entretanto, me identifiquei com o esporte e resolvi me dedicar cada vez mais com esta atividade. Sempre admirei a Andreia Brazier, quatro vezes campeã mundial do WBFF, uma competição que tem como foco o lado fashion e glamoroso do mundo fitness. E foi a minha admiração pela campeã mundial e minha dedicação à musculação que me fizeram me preparar para o WBFF. A primeira vez que participei da competição consegui uma boa colocação e após isso comecei a me preparar cada vez mais e assim ganhando outros títulos. Hoje estou desempenhando um trabalho junto com a minha personal para competir no mundial que acontecerá em agosto deste ano”, exalta a “Executiva Sarada”.

“O bullying é um tema que temos que discutir e conversar com os jovens e as crianças. No ‘Fit do Bem’, projeto social que sou responsável, trabalho bastante esse tema para que os jovens que hoje fazem parte do programa se tornem adultos melhores. Esses momentos ruins causados pelo bullying devem ser revertidos em inspiração, força e fonte de energia para as pessoas crescerem cada vez mais e é isso que desenvolvemos no ‘Fit do Bem’. Apesar do sofrimento que passei na minha pré-adolescência, consegui vencer e conquistar meus objetivos. Hoje sou empresária, atleta e influenciadora digital. Venci o bullying tornando-o estímulo para crescer em minha vida”, conclui Renata Spallicci.

Renata Spallicci
Renata Spallicci Foto Fernando TorquattoMF Press Global