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Semana do dia Internacional do Homem: o que é ser homem no contexto da modernidade do século 21
Marcelo Santana Foto MF Press Global

A figura do homem sempre foi associada, desde os tempos mais remotos, com força física, músculos, e atributos tipicamente associados à virilidade, que são possíveis graças ao hormônio testosterona, conhecido também como o “hormônio masculino”. Mas será que esta data foi criada como exaltação de tais atributos? Certamente não.

O mito do “macho alfa”, da figura do homem estereotipado, fisicamente forte e absoluto em tudo, cada dia mais em nossa sociedade cai. O século 20 foi responsável por grandes transformações na sociedade e na cultura. Nossos pais e avós ja nos ensinavam que ser homem é mais do que biologicamente ser classificado como pertencente ao sexo masculino: é honrar as calças que veste.

Se ser um homem tratasse-se apenas de estereótipos, o preparador físico, escritor e coach Marcelo Santana poderia valer-se de sua força física e aparência para afirmar sua masculinidade. Marcelo, atleta e especialista em treino de força e musculação, é um homem alto, musculoso, que enquadraria-se perfeitamente na definição estereotipada de “macho alfa”. Mas em sua opinião, ser homem vai muito além da questão hormonal ou do quão avantajados são os seus músculos: “procuro ter atitudes que vão além da força física do homem, lembrando dos bons exemplos que recebi do meu pai como uma grande figura dentro de casa. Ser homem na conduta e caráter. Infelizmente vejo pessoas perdendo seus valores devido à corrupção. Ser homem é assumir as responsabilidades e encarar os desafios com personalidade e cabeça erguida”.

Para Marcelo, a modernidade trouxe também a questão dos direitos iguais entre homens e mulheres, que é positiva, mas que isso não pode ser argumento para que o homem deixe de exercer as funções que se esperam dele, em relação à família e ao sexo oposto: “Homens e mulheres tem os mesmos direitos, e isso é algo que concordo totalmente. Contudo postura e posicionamento de ambos os sexos são diferentes, pois cada um tem um papel. Como homem, não se pode jamais esquecer da riqueza do cavalheirismo, que para mim não morreu. Ser homem não é ser machista, e sim ter a postura de um cavalheiro, e assim deixar um legado para a família que pretendo construir, de posição de homem, de atitude. Ser homem é tomar posição diante do lar e das situações da vida.” conclui Marcelo.