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Sustentabilidade após a vida: conheça alternativas ecologicamente corretas

Atitudes sustentáveis exigem uma série mudanças comportamentais e transformações culturais. Pesquisadores e cientistas de todo o mundo trabalham incessantemente para viabilizar tecnologias e soluções práticas para a preservação do meio ambiente, inclusive abordando temas que a maioria das pessoas prefere evitar, como os sérios impactos causados pelos cemitérios. Até depois da morte continuamos atingindo a […]

Ilustração. Foto: Divulgação

Atitudes sustentáveis exigem uma série mudanças comportamentais e transformações culturais. Pesquisadores e cientistas de todo o mundo trabalham incessantemente para viabilizar tecnologias e soluções práticas para a preservação do meio ambiente, inclusive abordando temas que a maioria das pessoas prefere evitar, como os sérios impactos causados pelos cemitérios.

Até depois da morte continuamos atingindo a natureza, seja nos grandes centros urbanos ou no campo. A decomposição natural dos corpos origina um material orgânico chamado necrochorume, repleto de micro-organismos capazes de contaminar o solo e reservas de água (superficiais e profundas). Para evitar problemas de saúde pública, cemitérios e necrópoles públicos e privados precisam respeitar uma série de normas, como a Resolução CONAMA nº 355/2003.

Além dos impactos causados pela própria falta de infraestrutura de muitos cemitérios, existe também a grande demanda por madeira para a confecção de caixões, cimento para os sepultamentos e outros insumos. De acordo com o levantamento da Green Burial Concil, empresa norte-americana que atua em práticas funerais sustentáveis, todos os anos são utilizadas 1,4 milhões de toneladas de cimento, 2,5 mil toneladas de bronze e cobre a mais 82 mil toneladas de aço para o uso e manutenção de túmulos.

Veja algumas alternativas ecologicamente corretas para os cemitérios:

Cremação
A cremação é um método milenar e higiênico para o tratamento dos cadáveres, mas que ainda enfrenta algumas restrições. Religiões como o islamismo e judaísmo não toleram a prática. Na tradição cristã, os mortos são velados, homenageados com uma coroa de flores e depois enterrados em túmulos e mausoléus que são visitados com frequência, como no Dia de Finados.

Outro empecilho para a cremação no Brasil são seus custos. Segundo o Crematório da Vila Alpina, que fica em São Paulo e é um dos mais conhecidos do país, as taxas do procedimento podem variar entre R$ 6.000 e R$ 10.000. No entanto, a cremação é método mais eficiente para a eliminação de micro-organismos patogênicos, redução dos espaços físicos dedicado aos túmulos e também conta com tecnologias para filtrar os gases e fumaça durante a incineração do corpo.

Cemitérios verticais
Além de melhorar consideravelmente a questão dos grandes espaços destinados aos túmulos, os cemitérios verticais, quando bem estruturados, evitam que os detritos orgânicos e gases gerados na decomposição do corpo humano entrem em contato com o solo, evitando sua contaminação.

Cápsulas biodegradáveis
Algumas empresas estão desenvolvendo soluções ainda mais verdes para os mortos. Os designers italianos Raoul Bretzel e Anna Citelli criaram a Capsula Mundi. A ideia é enterrar os mortos em uma cápsula biodegradável feita com um material bioplástico à base de amido. A cápsula é literalmente plantada ao solo como uma semente, que recebe uma muda de árvore.

A ideia é da cápsula é integrar a decomposição do corpo ao meio ambiente, dispensar o uso de caixões e transformar cemitérios convencionais em jardins memoriais, onde as famílias poderão acompanhar o desenvolvimento das árvores.

Da Folha Geral, em São Paulo*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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