Como dito na canção ‘Meu Ébano’ da consagrada cantora Alcione, Gledson Fonseca é o típico “príncipe negro, feito a pincel… um negão de tirar o chapéu”.
Iniciou no carnaval aos 9 anos, quando começou a frequentar acompanhando a sua mãe que era rainha de bateria de uma escola do bairro onde morava. Aos 30 anos realizou o seu sonho de ser eleito o Rei Momo do carnaval paulistano. Pela primeira vez no concurso, Gledson não imaginava ser escolhido para o posto, já que ele não tinha o padrão que costumava-se a ver no personagem da folia de momo, um tradicional gordinho. Porém com as mudanças da regra do concurso, o rapaz que é leonino e não desiste nunca, se viu dentro das características exigida e com apenas um kilo a mais, resolveu se inscrever só pelo prazer de participar e eis que a sorte estava ao seu lado e juntou com o talento do mesmo e consagrou-se o grande campeão, batendo outros candidatos que estavam há anos concorrendo a vaga.
Na época da vitória, se a forma física era contestável, uma coisa ninguém poderia reclamar, pois como Rei Momo, Gledson tinha samba no pé e simpatia de sobra, o que contagiava todos que estavam por perto. E apesar de ter o corpo em forma, Gledson conta que quando recebeu a coroa, teve que assinar um contrato que impedia exibir o seu corpo e justamente por representar a corte do carnaval, deveria sempre estar portando um figurino condizente com o posto. Porém passado dois anos e com o término do contrato, nós não esquecemos do rapaz e eis que realizamos um ensaio digno de tirar o chapéu.