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Atlético-PR pode pagar conta de R$ 100 milhões se Curitiba ficar fora da Copa

Uma conta que superaria a cifra de R$ 100 milhões pode parar no colo do Atlético-PR caso a Arena da Baixada seja excluída da Copa Uma conta que superaria a cifra de R$ 100 milhões pode parar no colo do Atlético-PR caso a Arena da Baixada seja excluída da Copa nesta terça-feira, às 15h (de […]

Uma conta que superaria a cifra de R$ 100 milhões pode parar no colo do Atlético-PR caso a Arena da Baixada seja excluída da Copa

O presidente rubro-negro Mario Celso Petraglia trava disputa com a prefeitura nos bastidores

Uma conta que superaria a cifra de R$ 100 milhões pode parar no colo do Atlético-PR caso a Arena da Baixada seja excluída da Copa nesta terça-feira, às 15h (de Brasília), em anúncio do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o governo federal responsabilizado pelos prejuízos causados pela retirada de uma das sedes da competição.

Nessa hipótese, um efeito dominó deve acontecer na Justiça. Segundo a Lei Geral da Copa, a União assumiu diante da Fifa a responsabilidade por eventuais danos à realização do Mundial.

“No caso de Curitiba vir a ser deixada de fora, a própria Lei Geral autoriza a União a buscar o direito de ressarcimento do que ela pagou à Fifa contra as partes que desencadearam todo o processo de ruptura. Existe uma cadeia de responsabilidade e, em última instância, essa dívida pode chegar no dono do estádio, nesse caso, o Atlético-PR”, explica o advogado Eduardo Carlezzo ao ESPN.com.br.

Ele acredita que, até por uma questão de relacionamento, a entidade que rege o futebol não promoveria qualquer ação antes do final da Copa.

O consultor de estádios da Fifa, Charles Botta, desembarca em Curitiba nesta terça-feira pela manhã e deverá seguir para a Arena da Baixada por volta das 11h30 da manhã. Antes disso, acontece uma reunião com o poder público e, através de telefone, a decisão será comunicada posteriormente ao secretário-geral Jérôme Valcke.

“Os engenheiros da Fifa que ficaram aqui fazem relatórios diários. Ele (Botta) tem essas informações. Será apenas uma confirmação visual do que ele sabe”, afirma o secretário da Copa no Paraná, Mario Celso Cunha, descartando a possibilidade de uma influência política no desfecho do imbróglio. Ao contrário de outras sedes, Curitiba ainda não tem confirmada nenhuma visita de seleções após o conselho técnico que acontece nesta semana, em Florianópolis. Honduras e Suíça, por exemplo, têm viagens marcadas a Manaus.

“Estamos confiantes. Fizemos tudo além do que Valcke e Botta pediram. O gramado está pronto, mais de 15 mil cadeiras foram colocadas, temos mais trabalhadores, então, tudo acordado foi cumprido”, prossegue Mario Celso.

A princípio, segundo o “Stadium Agreement”, contrato para sediar a Copa, em caso de encerramento do contrato, a Fifa deveria informar as partes por escrito de sua decisão e conceder ainda três meses para que elas pudessem contornar a situação. É o que prevê o artigo 9.6 do documento “se a autoridade do estádio violar qualquer termo”.

Cunha desconhece qualquer aviso nesse sentido.

Os problemas de atraso nas obras da Arena da Baixada foram tornados públicos pela primeira vez antes do sorteio dos grupos na Copa do Sauípe, na Bahia, em dezembro. Na ocasião, uma comitiva paranaense foi até o complexo de hotéis tratar do assunto com a Fifa. Os conflitos internos na organização ficaram claros, em discussão acalorada do presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, e o secretário municipal da Copa em Curitiba, Reginaldo Cordeiro.

Enquanto Petraglia argumentava dizendo que o município demorou para emitir o potencial construtivo da obra, Cordeiro condenava a gestão.

Em contato com o ESPN.com.br no mês passado, o secretário curitibano fez uma crítica sutil à CAP S.A., gestora do estádio. “Acredito que foram dois fatores que prejudicaram todo o andamento. Primeiro, a gestão própria. Não se trata de uma grande empresa que pode colocar dinheiro na frente sem a garantia de que receberá de volta. E, segundo, o orçamento. Não temos certeza de que está fechado e precisamos saber o custo da obra”, disse.

Antes mesmo do episódio em Sauípe, Fábio Carvalho, engenheiro da Arena Estádios, empresa contratada pelo Comitê Organizador Local (COL), e Luis Volpato, diretor construtivo atleticano e genro de Petraglia, vinham em conflito por conta do ritmo dos trabalhos.

Mais recentemente, após o presidente rubro-negro disparar que Prefeitura e Governo não haviam cumprido suas partes no acordo para a conclusão das obras, o governador Beto Richa respondeu fortemente. “Vocês conhecem a prefeitura, o governo do Estado e os dirigentes do Atlético-PR. Vocês sabem quem está falando a verdade”.

Foi um dos últimos capítulos de uma confusão que, a partir das 15h desta terça-feira, pode voltar a pôr os lados em situações opostas perante também a Justiça. ESPN

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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