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Por que os relacionamentos se desgastam?

Conheça os motivos que desgastam um relacionamento

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Ilustração. Foto: Divulgação

Quando o relacionamento acaba, costumamos ficar procurando justificativas para o término. É uma análise importante, inclusive para que possamos seguir em frente e tentar não cometer os mesmos erros em uma próxima vez. Especialistas elencam uma série de motivos que podem colocar um ponto final naquela relação que julgávamos “para sempre”.  

Em tempos de amores virtuais, acessíveis e em grande oferta, a traição continua sendo uma das razões. Não uma única “escapadela”, mas a recorrência. Os casais que não têm um acordo no sentido da monogamia passam por ela sem maiores sequelas, o estilo de vida com múltiplos parceiros, o interesse sexual por mais de uma pessoa não causa desconforto, muito pelo contrário, estimula a relação. Para aqueles que não admitem a traição, é o fim. Na maioria das vezes, a primeira é perdoada, mas se houver reincidência não há desculpa. As redes sociais também contribuem, e muito, para atrapalhar os relacionamentos de um casal. Curtidas de estranhos, fotos sem o parceiro, mais conexão com os amigos do que com o par. Aquela intensa necessidade de estar sempre conectado faz com que deixemos a nossa relação em segundo plano. Além disso, a superexposição de pessoas perfeitas, vidas extremamente interessantes e divertidas geram questionamentos ilusórios. A nossa rotina parece desgastante e lastimável perto de tantas pessoas felizes. Então, é melhor trocar de parceiro e buscar algo mais emocionante, digno de ótimas fotos no Instragram. Sim, tem gente que ainda acredita nisto!

O sexo deixou de ser interessante, a atração diminuiu ou acabou. Fatal. Se o casal já tentou reanimar a paixão do início da relação e não deu certo, se tudo parece ter se tornado uma repetição monótona ou tiver se tornado obrigação, não há o que fazer. Só resta render-se à realidade e, aí sim, partir em busca de um novo parceiro e de novas emoções.

Mas, dentre tantos motivos, a principal causa das separações é a questão financeira. Um tema considerado tabu, o dinheiro dificilmente é tratado com a clareza e transparência necessárias por um casal. É um assunto que fica adormecido, como se não tivesse importância. Até que os problemas começam a surgir. Como consequência, “57% dos divórcios no Brasil têm origem em problemas financeiros mal resolvidos. É fundamental admitir que o dinheiro influenciará o sucesso do relacionamento”, afirma Jennifer Lobo fundadora e CEO da plataforma de relacionamentos sugarMeu Patrocínio. “O gerenciamento do dinheiro, o egoísmo, o controle dos gastos, as dívidas, a divisão e a administração da renda do casal, se não forem alinhados desde o início da relação a dois, trarão problemas no futuro”, garante a empresária. Para ela, “o aspecto financeiro não pode ser tratado como um tema proibido. Ele está permanentemente em jogo. Se a falta de diálogo franco e aberto prevalecer, acarretará frustrações e, consequentemente, o seu poder destruidor se fará sentir”.

Segundo João Borzino, terapeuta de casais e sexólogo, as expectativas financeiras alinhadas são fundamentais para que o casal cresça e possa dar atenção ao desenvolvimento dos demais aspectos da relação: diferenças de perfil, dinâmica sexual, o dia a dia com os filhos, trabalho e relacionamento de família. “Toda união leva a um choque de vivências familiares (cada um vem de um núcleo diferente, com costumes diversos que vão se atritar) e a relação com o dinheiro vem junto no pacote. As outras esferas precisam ser ajustadas para que esse novo casal tenha a suas próprias características, diferentes das famílias de origem. Entender-se financeiramente proporcionará mais estabilidade nesta fase inicial tão insegura para ambos”, ressalta. Borzino destaca ainda o crescimento de adeptos do relacionamento sugar, quando o homem acaba se tornando o provedor. “Hoje, existe uma  forte resistência da mulher em aceitar a dependência do homem, mas no fundo, vejo que é o que ela busca. Há uma necessidade muito grande em sentir o homem provedor. Na real e em consultório, percebo que toda mulher busca essa segurança: um homem que é homem, um homem provedor”. O sexólogo comenta a constatação diária de que muitos casais se separam por crise financeira e que percebe uma decepção dos dois lados, mas principalmente da mulher que esperava que o parceiro cumprisse o seu papel de provedor, perdendo a admiração por ele. E sem admiração não há relação que resista.

Da Folha Geral, no Rio*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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