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Rebeca Gusmão. Foto: Alexia Santi / Divulgação
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A ex-nadadora Rebeca Gusmão é a estrela da seção “Filosofia de Boteco” da edição de aniversário da Revista Sexy e dentre os assuntos abordados esta o doping, a vida de atleta e a depressão que a fez chegar aos 64 kg.

Começando a entrevista, Rebeca comentou o processo de ficar mais bonitona e mais magra. “Tudo começa depois de uma fase ruim. Tive uma depressão profunda e emagreci muito. Antes, cheguei a pesar 106 kg. Depois de emagrecer até demais (fiquei com 64 kg) comecei um trabalho pra encorpar, dieta com malhação. Hoje dou aula como personal e faço palestras sobre superação e a importância do esporte”.

Sobre a vida de atleta, a ex-nadadora não escondeu o prazer de viver do esporte. “Viver do esporte é o melhor emprego do mundo. Você fica com o corpo bonito, ganha dinheiro, conhece o mundo… Não tem como não

gostar. Sempre foi o que eu queria. O problema é que o atleta começa a trabalhar quando para de trabalhar”, comentou.

Quando tocamos no asunto doping, ela não titubeou e respondeu. “Nunca precisei de nada pra melhorar meus resultados. Não apareci do nada: eu vinha num crescente. As pessoas falam que eu estava muito forte no Panamericano (do Rio, em 2007, quando Rebeca caiu no doping), mas sempre fui forte. Comparavam uma foto de quando eu tinha 15 anos com uma de quando eu tinha 22! Na primeira foto eu não tinha nem menstruado! Eu fui uma das atletas mais testadas do mundo. Ficou comprovado que houve contaminação bacteriana no meu exame. E ficou essa guerra entre o laboratório e a Federação Internacional. No Brasil, fui absolvida. Na causa do meu banimento, ficou comprovado que foi o laboratório que trocou a minha urina. Só que, infelizmente, tudo no Brasil arrebenta pro lado mais fraco, que, no caso é do atleta. Quando o atleta não tem dinheiro

pra pagar um advogado, fica mais difícil. O advogado do caso do Cielo custa 250 mil dólares. Entendeu?”.

A podridão no meio esportivo também foi assunto. “Pra eles (Comitê Olímpico) era mais barato cortar minha cabeça do que me manter. Eu colocava em xeque a credibilidade do laboratório! Fiz cinco exames no Pan. O único que deu positivo foi o que foi pro Canadá, sendo que eu estava com um processo contra o laboratório do Canadá. Como você manda uma urina minha pra lá? Entregaram o ouro pro bandido. Cada vez que leio

o processo, dá mais raiva. Mas não vou ficar olhando pro retrovisor. Agora é olhar pra frente”, completou.

Finalizando a entrevista, Rebeca assumiu que era a rainha do Tinder. “Eu era a rainha do Tinder. Era a Tinderella. Até que um dia um amigo falou: “Pelo amor de Deus, sai desse Tinder! Tá todo mundo falando ‘Sabe quem tá na roda? A Gusmão’ (risos)”.

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