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Rui Costa com chineses. Foto: Diego Mascarenhas/GOVBA
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O Fundo Chinês para Investimento na América Latina (Clai-Fund) e a China Railway Engineering Group n.10 (Crec), uma das maiores construtoras chinesas, vão investir, construir e operar o Porto Sul e a Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), em associação ao Governo do Estado e a Bahia Mineração (Bamin). Os acordos, que marcam o início de um período de negociação que vai determinar os detalhes da operação, foram assinados em Pequim, pelo governador Rui Costa, o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, e os representantes das empresas asiáticas.

“Os Chineses possuem a tecnologia mais avançada e experiência de sobra para fazer essas obras avançarem na velocidade que a Bahia precisa. Nossos projetos entusiasmaram os dirigentes da Crec e Clai-Fund, e isso permitiu estabelecermos aqui um acordo histórico, que vai viabilizar os investimentos e destravar de uma vez por todas essas obras importantes para a Bahia”, afirmou Rui.

O Clai-Fund é uma organização que se concentra em investimentos industriais de empresas em cooperação entre a China e a América Latina. Ele atuará como principal investidor e captador de novos parceiros para o projeto, principalmente grandes siderúrgicas chinesas. A participação no complexo logístico baiano será a maior operação do Fundo na América Latina.

Já a Crec n.10 é uma das maiores construtoras de ferrovias do mundo, responsável, por exemplo, pela construção da Transiberiana, a linha férrea que liga os extremos da Rússia e tem mais de nove mil quilômetros de extensão. De acordo com o gerente geral da área Internacional da empresa, Shen Zhou, os projetos serão tratados como prioridade. “A Bahia criou as condições para que nós tomássemos essa decisão, e agora vamos buscar conjuntamente a solução para que nossa participação efetiva aconteça o mais rápido possível”.

Rui Costa com chineses. Foto: Diego Mascarenhas/GOVBA
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Porto Sul

O Complexo Porto Sul será construído na Ponta da Tulha, em Ilhéus, já tem as licenças prévia e de implantação, além da autorização para supressão de vegetação, emitidas pelo Ibama. O Governo do Estado espera que a associação com os chineses devolva ao empreendimento a capacidade de gerar emprego, renda e crescimento econômico em toda a região. “Uma boa parceria tem que ser interessante para todos os envolvidos. Não me resta dúvida de que esse acordo vai fortalecer ainda mais a relação do Brasil com a China e garantir mais desenvolvimento para nosso estado”, comemora o governador Rui Costa.

A estimativa é de um investimento de R$ 2,6 bilhões, sendo R$ 2,2 bilhões para as obras e R$ 400 milhões em equipamentos. Além do Porto Sul, o acordo inclui quatro trechos da Ferrovia de Integração Oeste Leste, entre Ilhéus e Caetité, que estão em fase final de construção e serão concluídos. Para viabilizar o investimento Chinês na ferrovia, o governo federal já iniciou os estudos para que seja feita a venda antecipada da capacidade operacional da ferrovia, com os recursos obtidos sendo usados na conclusão da obra e a empresa garantindo o direito a transportar suas cargas por determinado período de tempo.

“Apesar do baixo preço das commodities no mercado internacional, conseguimos atrair grandes investidores para nossos projetos e para a exploração do minério de ferro naquela região. Além da mina da Bamin, em Caetité, temos acordos encaminhados com as mineradoras Santa Fé, em Brumado, e a Hombridge, em Minas Gerais”, explica o coordenador de Acompanhamento de Políticas de Infraestrutura da Casa Civil do Estado, Eracy Lafuente.

Segundo ele, quando estiver em plena operação, o complexo poderá movimentar 55 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, além de outras cargas, como grãos e fertilizantes, e se as negociações avançarem como se espera até o fim do ano as obras seriam iniciadas.

Futuramente, os chineses pretendem viabilizar a ferrovia Bioceânica, construída a partir da Fiol e formando uma linha de trem entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Ela sairia de Ilhéus, passaria pelos estados do Mato Grosso, Rondônia e Acre, até chegar ao Peru, onde encontraria novamente o mar.

Rui Costa com chineses. Foto: Diego Mascarenhas/GOVBA
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