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Baianos e turistas assistem jogo do Brasil no Pelô ao som do Olodum. Foto: Amanda Oliveira/GOVBA
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“Ô, deixa chover, ô deixa molhar, só saio dessa zorra quando o Olodum passar”. A música do bloco afro esquentou e animou turistas e baianos que, mesmo sob a chuva, assistiram à partida entre Brasil e África do Sul, nesta quinta-feira (4). O jogo foi exibido em telão no Largo do Pelourinho, com a presença do grupo na Torcida Olodum. Agora no começo da noite, as ruas serão ocupadas pela percussão da Banda Meninos da Rocinha, formada por crianças e adolescentes, na maioria pessoas da comunidade.

O casal de franceses Gerard Zimmor, 68 anos, e Anna Cobain, 46, vieram da França e vão ficar por cinco dias. Zimmor disse ser a quarta vez que vem à Bahia. “Eu vim assistir ao jogo aqui no Pelourinho por causa do Olodum. Eu adoro a música brasileira. Decidimos voltar à Bahia porque gosto muito do Brasil e toda vez venho também ao estado”.

Os baianos não ficaram atrás na alegria e na torcida. Lígia Santana, 42, Cauã, 12, e Tainá Cavalcante, 21, moradores do Cabula, enfrentaram a chuva e o frio para assistir ao jogo no Pelourinho. “É um momento histórico, com as Olimpíadas sendo realizadas no Brasil, [e os jogos] sendo exibidos no Pelourinho, com um show do Olodum. É imperdível”.

Baianos e turistas assistem jogo do Brasil no Pelô ao som do Olodum. Foto: Amanda Oliveira/GOVBA
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Cultura e esporte

Segundo o secretário da Cultura, Jorge Portugal, o esporte e a cultura são as duas atividades humanas que mais aproximam as pessoas. “Um evento, como a Olimpíada, é [grandioso] demais para que a Cultura não seja parceira. Mostramos o que a Bahia tem de melhor, que é uma obrigação nossa. No Pelourinho nós temos a Torcida Olodum, um símbolo do que nossa matriz africana tem de melhor”.

O músico do Olodum, Lazinho, disse que verde e amarelo são também as cores do Olodum. “Representa muito estar aqui hoje com a Torcida Olodum. Em 1990, o [bloco afro] começou a fazer a Torcida Brasil. Fomos convidados pela Fifa e de lá para cá temos dado apoio, porque afinal de conta somos brasileiros. No jogo do Brasil contra uma seleção africana, o coração fica dividido, mas torcemos para o Brasil. Quando eles jogam contra outras seleções, somos africanos”.

As Olimpíadas também são oportunidade para quem deseja ganhar um dinheiro extra. Michele Silva tem emprego formal, mas aproveitou a oportunidade para reforçar a renda e trabalhar na barraca de um amigo vendendo bebidas. “Ajuda bastante porque as Olimpíadas atraem turistas e os baianos também vêm se divertir”.

Todas as atrações são gratuitas

Nesta quinta-feira, no Largo Tereza Batista, Cristiano Greco apresenta agora no começo da noite repertório pop rock. Em seguida, às 20h30, tem o afro pop da banda Giramente. Encerrando a noite, Dão & a Caravana Black sobem ao palco às 22h.

No Largo Quincas Berro D’Água, Gil Camará apresenta o show ‘Nação Mameluco’, com participações de Suzana Bello, Raimundo Sodré e Marcelo Fonseca. Às 21h30, é a vez do balanço do reggae com a banda ManosPreto. Ainda tem música nordestina no Largo Pedro Archanjo, com o Forró do Zé. Todas as apresentações são gratuitas.

Baianos e turistas assistem jogo do Brasil no Pelô ao som do Olodum. Foto: Amanda Oliveira/GOVBA
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