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Oficina de tratamento e reúso de água para lava a jatos. Foto: Divulgação/Embasa
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A Embasa apresentou, na semana passada (18), um projeto de tratamento e reúso de água para os proprietários de lava a jatos de Barreiras. Com a parceria do Sebrae e da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), o analista de saneamento e biólogo Antônio Coelho detalhou, durante uma oficina, um projeto piloto de baixo custo para o tratamento e reúso de efluentes de lava a jato. A tecnologia permite a redução do custo de 80% de água potável e a depender do projeto, uma capacidade de tratamento de 1 metro cúbico por hora e tratamento de reúso de 30 metros cúbicos de água por mês.

Além das vantagens da implantação do sistema, o biólogo da Embasa demonstrou, por meio do projeto piloto desenvolvido na cidade de Irecê, a forma de instalação dos equipamentos que são de baixo custo e de fácil aquisição no mercado. “Trata-se de uma pequena estação de tratamento, sendo utilizados três tanques e um dosador que vão simular os processos físico-químicos de tratamento da água, como a decantação e filtração. O produto químico utilizado no tratamento é o tanino catiônico, que é extraído da casca da planta Acácia Negra, sendo, portanto, de baixo impacto ambiental”, explica.

Oficina de reúso de água para lava a jatos. Foto: Divulgação/Embasa
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Há oito anos no ramo, Laécio da Cruz Reis, pensa em implementar o sistema no lava a jato que administra no bairro Sandra Regina, em Barreiras. “Tudo o que vier para diminuir o custo é bom, além de ajudar o meio ambiente ao diminuir a quantidade de água utilizada e da conta”, afirma. Ailton Braz da Silva, proprietário de um lava a jato em Irecê onde foi implantado o projeto piloto em 2014, está satisfeito com o sistema. “É fácil de operar e, além disto, houve uma redução da quantidade de produtos como detergente. Se usado em grande quantidade, pode prejudicar o tratamento da água”, explica.

Com projeto inicial previsto em de R$ 4 mil e custo operacional em torno de R$ 50, o sistema de reúso de água pode oferecer economia mensal de cerca de R$ 130 na conta de água e retorno financeiro do investimento em 40 meses. Para o gerente regional da Embasa, Francisco Araújo Andrade, a oficina foi importante para sensibilizar os proprietários de lava a jatos a criar estratégias para diminuir os impactos ambientais ligados à atividade. “Além de reduzir o consumo de água, o reúso permite também a separação dos resíduos de óleo e um menor direcionamento de água servida para a rede de esgoto ou de maneira inadequada para o canal de água de chuva ou para a rua”, afirma.