O longo período de estiagem registrada na última safra, que ocasionou prejuízos significativos nas lavouras de grãos e fibra do oeste baiano, é um dos fatores que resultou na perca de espaço do algodão para o milho na safra 2016-17. Foi o que apontou o 5º levantamento, realizado na última segunda-feira (19), pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
O plantio de algodão deve cair de 227 mil hectares para 192 mil, uma redução de 18% em relação ao ano passado. Já o milho, após dois anos de recuo, sinaliza um crescimento de 30% comparado à safra 2015-16, com 180 mil hectares plantados.
Nas lavouras de soja, a área cultivada deve, pelo menos, se manter: 1,5 milhão de hectares com potencial para chegar a 1,6 milhão. Quanto à produtividade, a estimativa é de 56 sacas por hectare, que representa a melhor média já alcançada no oeste baiano.
As estimativas apresentadas devem ser confirmadas no próximo levantamento que ocorrerá no início da plantio da safra 2016-17, prevista para outubro próximo. A expectativa dos produtores é que o fenômeno La niña se confirme, e dessa forma, as chuvas retornem para o oeste da Bahia e, consequentemente, ocorra o aumento da produtividade.
O Conselho Técnico da Aiba é formado por representantes de associações de produtores, sindicatos, multinacionais, instituições financeiras e órgãos governamentais. As previsões são feitas sempre considerando fatores como perspectivas de mercado, nível tecnológico, condições climáticas e controle fitossanitário.