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Dia da Baiana é marcado por missa e samba no Pelourinho

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, ficou pequena para abrigar as belas baianas, além de baianos e turistas, que participaram da missa solene em comemoração ao Dia da Baiana, nesta sexta-feira (25/11). Vindas de várias cidades da Bahia, e até do Rio de Janeiro, as homenageadas, tradicionais símbolos da cultura […]

Dia da Baiana. Foto: Rosilda Cruz/Bahiatursa
Dia da Baiana. Foto: Rosilda Cruz/Bahiatursa

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, ficou pequena para abrigar as belas baianas, além de baianos e turistas, que participaram da missa solene em comemoração ao Dia da Baiana, nesta sexta-feira (25/11).

Vindas de várias cidades da Bahia, e até do Rio de Janeiro, as homenageadas, tradicionais símbolos da cultura popular brasileira e principais agentes de divulgação da Bahia em território nacional e internacional, participaram da comemoração vestidas a rigor: saias brancas rodadas, torços, panos da costa, lenços e balangandãs de cores e charmes variados, que inundaram a nave central da igreja.

Durante toda a celebração, o cântico entoado foi acompanhado pelo toque de atabaques, tambores e agogôs. É a força da fé e o sincretismo religioso presentes na Bahia. No sermão, o padre Lázaro Muniz destacou a dura batalha diária dessas profissionais, reconhecidas como Patrimônio Imaterial da Bahia. Elas se abraçavam emocionadas e orgulhosas do seu ofício. No ofertório, além levarem pão e vinho, tradicionais da Igreja Católica, as baianas carregaram um tabuleiro com produtos típicos do seu ofício.

Para Mãe Janete de Oyá, que recepciona turistas na Igreja do Bonfim, joga búzios e faz a ‘limpeza’ de corpos e almas com o ‘sacudimento’ – que livra de ‘olho grande’, limpa ‘as almas’ e traz amor ao coração, o povo do axé tem que se unir para manter a ‘tradição do tabuleiro’. Estamos aqui com as nossas melhores roupas, mas, principalmente, com a ‘força da fé’, que é a nossa grande arma.

Dia da Baiana. Foto: Rosilda Cruz/Bahiatursa
Dia da Baiana. Foto: Rosilda Cruz/Bahiatursa

Almoço festivo – Após a missa, as baianas seguiram em cortejo até a Praça da Cruz Caída, onde se localiza o Memorial das Baianas. No local, foi servido almoço comemorativo, seguido de samba na região do Centro Histórico. A presidente da Associação das Baianas de Acarajé e Mingau do Estado da Bahia (Abam), Rita Santos, destacou o apoio do Governo do Estado, através das secretarias do Turismo e Cultura, às comemorações, que, segundo ela, mobilizou mais de 500 baianas.

“Recebemos profissionais que vieram de Valença, Vera Cruz, Ilha de Itaparica, Nazaré, Santo Antônio de Jesus, Camaçari e outras cidades – até do Rio de Janeiro, para confraternizarem conosco e marcarmos também o dia da não violência contra a mulher”, pontuou.

Lucinete Xavier participou da missa com a filha, Daiane Campos e a netinha Sued, de 4 anos. O tabuleiro entrou na vida da família quando, desempregada, Lucinete resolveu vender acarajé. “Com isso, consegui sobreviver e criar meus dois filhos, que hoje atuam no ofício”, destacou.

Com 82 anos, Maria da Conceição Silva, professora em Santo Antônio de Jesus, veio para prestigiar a filha, que é baiana do acarajé em Salvador. “Dou o maior apoio a minha filha, que prepara os seus quitutes com amor e dedicação. Ela gosta do que faz e se sente valorizada. Isso é o que importa”, afirma.

Por Helô Sampaio

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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