Como parte da mobilização a favor dos esportes a cavalo, aconteceu, nesta segunda-feira (7), a Sessão Especial da Vaquejada, no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia. A Sessão teve a participação de políticos e entidades ligadas à prática dos esportes equestres que se reuniram para mostrar que as atividades esportivas podem conviver harmoniosamente como o bem-estar animal e combate aos maus-tratos.
Para o deputado estadual Eduardo Salles, proponente da sessão e autor da lei que regulamenta a vaquejada e a cavalgada como prática desportiva e cultural, já sancionada pelo governador Rui Costa, os esportes equestres têm papel importante na economia.
“São mais de 3,2 milhões de empregos gerados em inúmeros setores da economia e diversas categorias profissionais como caminhoneiros que transportam os animais, os veterinários, o comércio e a hotelaria. É lamentável que a decisão relativa à lei cearense esteja sendo indevidamente estendida no Nordeste e na nossa cultura”, disse o parlamentar.
O senador Otto Alencar participou da Sessão e afirmou que a luta não pode parar. “É importante que todos estejam juntos com o mesmo objetivo para que não acabem com essa atividade que integra o patrimônio cultural brasileiro”. O parlamentar também é relator de um dos projetos da PLC 24/2016 que reconhece o rodeio e a vaquejada como manifestações culturais nacionais e patrimônios culturais imateriais.
O vice-governador João Leão, destacou a falta de sensibilidade dos juízes que defendem o argumento de que a vaquejada é inconstitucional. “Pessoas que nunca participaram e não sabem como funciona uma vaquejada estão tendo um posicionamento equivocado. Precisamos alertar a população que existe todo um cuidado com o animal para que não sofram”, destacou Leão.
Ao lado de Eduardo Salles, compuseram a mesa o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo, os deputados estaduais Adolfo Viana, Gika Lopes, Bira Côroa, Leur Lomanto e Zé Neto, o presidente da ABV (Associação Baiana de Vaquejada), Valmir Veloso, os deputados federais Cacá Leão e Antônio Brito, além de entidades baianas representando os esportes equestres.
CAVALGADA
O primeiro dia de ato em Salvador, no domingo (6), foi marcado pela cavalgada que saiu com cerca de 500 cavalos e percorram 12 quilômetros com a saída do Parque de Exposições em direção ao CAB (Centro Administrativo da Bahia).
Além de sensibilizar a população urbana, a intenção também era mostrar as implicações que a proibição dos esportes equestres pode causar à cultura e economia do país.