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Equipe Cactus
Equipe Cactus Foto Divulgação

A Ford patrocina, de 10 a 12 de novembro, a 12ª Competição Baja SAE Brasil – Etapa Nordeste 2017, que será realizada em Salvador (BA), no SENAI CIMATEC. Neste ano, o evento terá a participação de 16 carros off-road projetados e construídos por alunos de instituições de ensino da Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte -, além do Distrito Federal. Cerca de 320 estudantes de engenharia participam desta iniciativa, da qual a Ford é a principal patrocinadora, além de apoiar as equipes da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Senai/Cimatec, Unifacs (Universidade Salvador), UFPB (Universidade Federal da Paraíba) e UFCG (Universidade Federal Campina Grande).

Os times terão de submeter os carros a provas estáticas e dinâmicas, supervisionadas por juízes, todos engenheiros da indústria da mobilidade. A programação começará no dia 10 com as apresentações orais dos projetos. No dia 11, os carros passarão por avaliações de segurança, conforto e motor, além de provas dinâmicas que testarão a suspensão, a capacidade de tração, a aceleração e a dirigibilidade dos veículos. No dia 12, a partir das 9 horas, será a vez do enduro de resistência, com três horas de duração – a prova mais esperada da competição, aberta ao público.

“Na visão da Ford, a participação nestes projetos para a competição acelera de dois a três anos o desenvolvimento dos alunos que, consequentemente, ficam mais preparados para o mercado de trabalho”, afirma Paulo Oliveira, gerente de Instalação de Motores da Ford América do Sul, que também é um dos organizadores do evento e participou das competições durante a universidade. Ele complementa que essa iniciativa é muito importante para o fomento da cultura automotiva e da mobilidade no Nordeste do país.

Rodolfo Rodrigues Lopes, engenheiro da área de Motores e Transmissões da Ford em Camaçari, faz parte da organização da Etapa Nordeste e também do comitê técnico. Ele foi contratado pela Ford após uma edição do evento quando era estudante. “Nós tentamos fazer com que, na competição, os alunos vivenciem como funciona a indústria automotiva. As atividades são semelhantes às que fazemos para liberar um veículo para o mercado e envolvem questões como custos, dinâmica e desempenho”, explica. “Esses alunos já começam a usar os mesmos softwares que utilizamos na indústria. Agora, em uma das etapas eles também precisam fazer apresentação em inglês para ter uma experiência mais próxima do dia a dia das empresas do setor automotivo”, complementa Lopes.

Lucius Ferreira, capitão da equipe Carpoeira Baja, que conta com 37 integrantes da Universidade Federal da Bahia, participa pela segunda vez da etapa regional. Aluno do terceiro semestre de Engenharia Elétrica, ele acredita que o carro deste ano está bem competitivo. Para ele, a experiência de projetar e construir o baja é incrível. “É notável a diferença que faz participar deste projeto. Conseguimos desenvolver habilidades técnicas e de gestão, já que precisamos lidar com pessoas, além de aprimorar o carro”, avalia.

A Etapa Nordeste teve início em 2005 em Camaçari por iniciativa de engenheiros da Ford que já haviam participado da rodada nacional durante a universidade. O intuito, então, era acelerar o desenvolvimento das equipes desta modalidade na região em preparação para a competição nacional, realizada anualmente no primeiro semestre no interior de São Paulo, com cerca de 70 equipes de todas as regiões do Brasil. Este é o primeiro ano em que esta etapa será realizada na capital baiana.

Carros
Os veículos Baja SAE são protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora-de-estrada, com quatro ou mais rodas e motor padrão de 10 HP, que devem ser capazes de transportar pessoas com até 1,90 metro de altura e até 113,4 quilos. Os sistemas de suspensão, transmissão e freios, assim como o próprio chassi, são desenvolvidos pelas equipes, que têm ainda a tarefa de buscar patrocínio para viabilizar o projeto.