Segundo dados da última pesquisa Vigitel, o número de pessoas obesas na capital diminuiu. Município apresenta o 3º menor índice de obesidade do país
Para a gerente de Doenças e Agravos Crônicos Não-Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Adacy Macedo, a redução da obesidade está diretamente ligada à queda do sedentarismo. ‘O aumento da prática de atividade física no município é um fator que se torna diferencial para redução desse índice de obesidade. A atividade física é fundamental, pois, além da obesidade, previne várias doenças crônicas”, explica, destacando que a obesidade constitui um desafio para as políticas de saúde pública de controle e prevenção. Segundo Adacy, outros dados divulgados pelo Vigitel, como a redução do consumo de refrigerante, que caiu de 30,1% para 26,9% ‘reforçam a necessidade de promoção de saúde e prevenção de doenças crônicas em Goiânia’.
Obesidade
A obesidade é uma doença que se caracteriza pelo excesso de gordura corporal em relação à massa magra. A enfermidade é tratável e apresenta características psicossociais e comportamentais. A prevenção desta pandemia é fundamental, já que, por estar associada a outras patologias, contribui para o aparecimento de doenças como apneia do sono, diabetes, infarto, hipertensão arterial e dislipidemia. A prevalência da obesidade tem aumentado entre adultos tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento.O Índice de Massa Corporal (IMC) é utilizado para mensurar a obesidade. O teste é um indicativo para descobrir se o indivíduo está no peso ideal. O cálculo é feito pela divisão do peso – medido em quilogramas (Kg) -, pela altura ao quadrado – medida em metros – (IMC=PESO/ALTURA²). Outros fatores, como sexo, idade e condicionamento físico também devem ser levados em conta.
Os valores ideais são aqueles encontrados entre 18,6 e 24,9 kg/m². Os valores abaixo de 18,5 kg/m² indicam baixo peso. O excesso de peso é diagnosticado quando o IMC alcança valor igual ou superior a 25 kg/m², enquanto a obesidade é observada em valores superiores a 30 kg/m². Um quadro grave é considerado com valores superiores a 40 kg/m².
Sobrepeso
Apesar da porcentagem de pessoas com obesidade ter diminuído, o número de pessoas que apresentam sobrepeso teve um leve aumento. Na última edição do Vigitel, 49,7% pessoas adultas em Goiânia apresentaram excesso de peso, enquanto no ano anterior esse número era de 47,5%.
A gerente de Doenças e Agravos Crônicos Não-Transmissíveis da SMS, Adacy Macedo, diz que o sobrepeso preocupa, já que a maioria da população não se vê doente ou em processo de adoecimento. Assim, nenhuma medida individual é tomada, contribuindo para que estes sejam, provavelmente, futuros obesos. “Estudos populacionais mostram que a criança obesa tem de 50% a 80% de chances de se tornar um jovem adulto obeso”, acrescenta.
Segundo a pesquisa do Ministério da Saúde, entre as capitais pesquisadas, Goiânia demonstra o 5º melhor percentual do Brasil. A média brasileira é de 52,5%. “É um desafio abaixar os índices de sobrepeso que crescem cada vez mais em todo o mundo. A meta é diminuir pelo menos a metade deste percentual nos próximos anos.”, admite Macedo.
Na classificação dos dados do Vigitel há um crescimento do número de pessoas com sobrepeso no país. Em relação ao sexo, a maior prevalência está entre os homens. Em Goiânia, esse índice atinge 51,5% dos homens e 48,1% das mulheres. Quanto à faixa etária, os jovens brasileiros registram menor prevalência, enquanto a população de 35 a 64 anos adulta tem índices mais elevados. A pesquisa também aponta que, quanto menor a escolaridade, maior o índice de sobrepeso. Para indivíduos com até oito anos de estudo, o índice é de 58,9% enquanto para quem tem doze anos ou mais o percentual é de 45%.
Pedro Ferreira (Secom)