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O flash da sua câmera pode ajudar a diagnosticar câncer ocular infantil

O retinoblastoma é um tipo de câncer que afeta os olhos de crianças até 7 anos de idade. Enquanto na América do Norte não há mais vítimas da doença, no Brasil 35% dos pacientes morrem por causa de um diagnóstico tardio. Entretanto, a maneira como o reflexo do flash aparece nas fotografias pode colaborar para […]

O retinoblastoma é um tipo de câncer que afeta os olhos de crianças até 7 anos de idade. Enquanto na América do Norte não há mais vítimas da doença, no Brasil 35% dos pacientes morrem por causa de um diagnóstico tardio. Entretanto, a maneira como o reflexo do flash aparece nas fotografias pode colaborar para o diagnóstico.

O oftalmologista da Clínica Belfort e presidente da Sociedade Pan-Americana de Oncologia Ocular, Rubens Belfort Neto, explica que a leucocoria, reflexo anormal nos olhos das crianças (também conhecido como reflexo de olho de gato), é um dos sintomas do retinoblastoma. Ou seja, se nas fotos com o flash os olhos da criança tiverem reflexo branco em vez do reflexo vermelho normal, a recomendação é procurar o oftalmologista imediatamente.

Caso seja diagnosticado precocemente, as chances de cura são acima de 95%. O problema é que mais da metade dos casos no Brasil são descobertos tardiamente. Para mudar essa realidade, foi criado o dia nacional de conscientização e incentivo ao diagnóstico precoce do retinoblastoma. Realizada no próximo dia 18 de setembro, a data tem por objetivo esclarecer os pais sobre a doença.

Como diagnosticar o retinoblastoma nas crianças
Identificar o retinoblastoma é um grande desafio. Em 90% dos casos da doença, os pacientes possuem até 4 anos. Nessa idade, as crianças ainda não conseguem se comunicar bem e muito menos reclamar que a visão está ruim. Dessa forma, não há como saber se elas estão enxergando direito ou se sentem dor nos olhos. Por isso, a participação dos pais é fundamental.

Sintomas do retinoblastoma

  • Leucocoria (reflexo de olho de gato / pupila branca nas fotos)
  • Estrabismo (olhos “tortos”, desalinhados)
  • Fotofobia (muita sensibilidade e aversão à luz)
  • Olhos vermelhos
  • Inflamação ocular

Tratamentos para câncer ocular infantil
A forma de tratar o retinoblastoma vai depender do estágio em que o tumor maligno se encontra. Além disso, o oftalmologista também leva em conta se a doença afetou os dois olhos ou apenas um.

  • Cirurgia a laser: Só é uma opção recomendada pelo médico em estágio inicial. Ou seja, quando o tumor ainda é muito pequeno.
  • Radioterapia: Pode ser na forma convencional ou a Braquiterapia (cirurgia para colocar uma temporariamente uma placa radioativa dentro do olho do paciente).
  • Enucleação: É uma forma de tratar o tumor grande e que oferece risco de metástase. Para salvar a vida da criança é realizada uma cirurgia para a retirada do olho doente.
  • Quimioterapia: Hoje considerada a principal forma de tratamento, utiliza quimioterapia sistêmica ou injetada na artéria do olho, para combater as células do câncer.
  • Crioterapia: É um procedimento realizado para congelar o tumor maligno.

Causas do retinoblastoma

O tumor maligno pode ser ocasionado por uma herança genética de um dos pais da criança ou então surgir a partir de uma nova mutação. De um jeito ou de outro, a doença é causada por uma alteração no cromossomo 13. A diferença na origem do retinoblastoma indicará quais as chances de o indivíduo desenvolver o tumor nos dois olhos e de transmitir a doença para seus filhos.

Quando o retinoblastoma tem origem hereditária a mutação está presente em todas as células da criança e a doença pode surgir nos dois olhos. Nestes casos a probabilidade de o tumor afetar os dois olhos é de 90%. Além disto, estes pacientes têm chances de desenvolverem outros tipos de cânceres, especialmente sarcomas de partes moles e osteossarcomas. Porém, o tipo mais comum da doença é o retinoblastoma esporádico não hereditário, que corresponde a 60% dos casos. Neste caso, o tumor acomete apenas um olho e não há risco de transmissão para os filhos.

Artigo escrito pela equipe da Clínica Belfort. Este artigo contém apenas informações gerais sobre doenças oculares. Este texto não substitui a avaliação por oftalmologista

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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