Mia Vargas Um momento crucial para todos. Algo que afetará as eleições e a vida de cada um de nós
O julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva leva a nação inteira a assistir diante de si um fato histórico: o de transformar ideologias e credos políticos em enlouquecidas torcidas de uma partida de futebol. Mais ou menos Brasil x Argentina. A torcida acirrada de ambos os lados deixa tudo mais confuso diante de tantos escândalos, prisões, malas de dinheiro e até lançamento de filme estrategicamente polêmico.
Afinal quem somos nós Brasileiros no meio de tudo isso. Fantoches ou agentes sociais dotados de opiniões?
A presidente do Supremo afirmou “Vivemos tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições. Por isso mesmo, este é um tempo em que se há de pedir serenidade”. Olha que é a primeira vez que a presidente faz uma manifestação pública. Isso nos faz pensar que algo mais deve vir por aí.
O povo mero espectador “sereno” assiste por meio da mídia desde ontem grupos distintos na tentativa derradeira de convencer os 11 ministros a acatarem suas posições. De um lado procuradores, promotores e juízes criminais. Do outro, advogados. O primeiro, que reuniu 5.058 assinaturas, pede que os ministros mantenham o entendimento de que é possível prender um réu após a condenação em segunda instância. Enquanto o segundo, com a assinatura de 3.242 advogados, defende que as prisões só devem acontecer após todos os recursos serem julgados.
Se a maioria dos ministros seguir o que pedem os membros do Judiciário e do Ministério Público, Lula teria o seu habeas corpus negado e poderia ser preso nos próximos dias. Lula foi condenado na segunda instância pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso conhecido como o do “Tríplex do Guarujá” Se os ministros seguirem a linha dos advogados, o petista não seria preso agora.
E agora. O que fazer?
Eles brasileiros não farão nada.
Acordaremos cedo ou não. Muitos tomaram seu café, tantos outros não terão este mesmo café para tomar. E seguiremos nossas vidas.
Certezas. Algumas. Do aumento da gasolina, da falta segurança do frio da calçada úmida no inverno, da seca no sertão. E de que nossas vidas são decididas ilusoriamente por nós. A fé em 11 homens pode ser sim, nosso começo ou nosso fim!
