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Marcha recebe presidentes da Câmara e Senado para debater pauta municipalista

Na manhã desta quarta-feira (23), os presidentes das duas casas legislativas do Congresso Nacional compareceram ao debate sobre a pauta municipalista, promovido pela XXI Marcha a Brasília, que ocorre na capital federal, até esta quinta-feira (24). No evento, os prefeitos e representantes de municípios de todo Brasil, que somam mais de 6 mil participantes, ouviram […]

Marcha recebe presidentes da Câmara e Senado para debater pauta municipalista
Foto: Divulgação

Na manhã desta quarta-feira (23), os presidentes das duas casas legislativas do Congresso Nacional compareceram ao debate sobre a pauta municipalista, promovido pela XXI Marcha a Brasília, que ocorre na capital federal, até esta quinta-feira (24). No evento, os prefeitos e representantes de municípios de todo Brasil, que somam mais de 6 mil participantes, ouviram dos representantes dos deputados e senadores o compromisso de priorizar propostas que melhorem a autonomia e governança dos municípios.

Para o presidente da UPB, Eures Ribeiro, “esse momento da marcha é fundamental para pressionar o Congresso Nacional”. Segundo o gestor, que é prefeito de Bom Jesus da Lapa, no Oeste baiano, os prefeitos buscam implementar nos próximos anos “uma semana municipalista na Câmara e no Senado ao mesmo tempo em que ocorre a marcha”.

Eures lembrou ainda que é fundamental o dialogo para “barrar” atitudes como a divulgada nos jornais de hoje sobre a desoneração da CIDE. “Continuam fazendo o que querem com o recurso que em parte é dos municípios. Se a União vai abrir mão, que seja da fatia dela ou de um tributo que não prejudique ainda mais a receita dos municípios”, reclamou.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, recebeu da Confederação Nacional de Municípios (CNM) o documento com as propostas que tramitam no Congresso a favor dos municípios. Na ocasião, ele concordou com a necessidade de “avançar na chamada descentralização” de recursos da esfera da União. Oliveira falou em “parceria proveitosa” entre as três esferas da federação e propôs “reforçar a capacidade de investimento dos municípios”.

O presidente do Senado defendeu ainda a flexibilização da gestão dos Consórcios Públicos Intermunicipais, como solução para a gestão de resíduos sólidos. Ele assumiu o compromisso de analisar de imediato uma nova equação para esse mecanismo de gestão. Atualmente os consórcios seguem as mesmas regras do Regime Jurídico Único aplicado na administração pública.

Foto: Divulgação

Sobre os itens da pauta, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski cobrou a aprovação da PEC 66/2015, que obriga o governo federal a corrigir os cerca 390 programas federais, executados por municípios, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Segundo Ziulkoski “nada é corrigido. Isso liquidou com as prefeituras do Brasil”.

Os dois presidentes das casas legislativas lembraram o impedimento de votar alterações à Constituição no momento, devido à intervenção militar no Rio de Janeiro e citaram também os reflexos do processo eleitoral no quórum do Congresso. Mas disseram que é possível avançar na tramitação das matérias.

Apesar desses impasses, houve consenso de que “a grande reforma que o Brasil precisa é a rediscussão do Pacto Federativo para desconcentrar receitas no governo federal”, como afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ele concordou que estados e municípios estão engessados e se comprometeu em buscar “derrubar, no Supremo, artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal, que darão mais condições de gestão nesse momento de crise”.

Maia citou ainda desafios como o financiamento do piso salarial do magistério e a distorção no número de vagas em creches. No Congresso há a discussão de criar um Fundo de Valorização do Magistério para que parte das obrigações com salários do magistério seja custeada pela União.

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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