No lugar de Neymar, Luiz Felipe Scolari. Ao invés de Lionel Messi, Alejandro Sabella. Na ausência de Xavi, Vicente Del Bosque…
No lugar de Neymar, Luiz Felipe Scolari. Ao invés de Lionel Messi, Alejandro Sabella. Na ausência de Xavi, Vicente Del Bosque. A princípio, a passagem dos treinadores das 32 seleções por Florianópolis não deveria causar preocupação. Mas a ameaça de ataques dos black blocs durante o congresso técnico da Fifa, na próxima semana, fez com que a presidente Dilma Rousseff recorresse à Força Nacional de Segurança.
A tropa federal chegou à capital catarinense na última quinta-feira e atuará sob as ordens do Comando-Geral da Polícia Militar. Ao todo, outros 12 órgãos trabalharão na proteção das 350 personalidades e autoridades convidadas para o segundo evento mais importante pré-Copa, que acontece entre os dias 18 e 20 de fevereiro.
O esquema representa uma mudança mais agressiva de estratégia do Governo.
No sorteio dos grupos do Mundial, realizado em dezembro, na Costa do Sauípe, na Bahia, a Polícia Federal avaliou o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e outros membros da entidade como sendo de baixo risco, disponibilizando a cada um deles um escolta de no máximo oito oficiais em suas movimentações.
O diagnóstico feito na época foi de que os protestos realizados no meio do ano passado, na Copa das Confederações, tiveram como alvos principais os gastos do Governo e não os dirigentes.
Mais recentemente, Dilma Rousseff convocou os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Defesa, Celso Amorim, e dos Esportes, Aldo Rebelo, para discutir a segurança das delegações e reforçou a presença das Forças Armadas no combate à ação de movimentos como os black blocs.
A autorização do envio de equipes a Florianópolis foi publicada em portaria do Ministério da Justiça no Diário Oficial da União. De acordo com o texto, elas atuarão no “controle de tumultos e distúrbios civis, escolta e segurança aproximada dos membros do Comitê Executivo da Fifa, a fim de preservar a ordem pública e garantir a integridade física dos envolvidos”.
O serviço de inteligência do Governo trabalha desde dezembro na identificação de pessoas ligadas a manifestações e que poderiam colocar a perigo a realização do congresso técnico no Complexo do Costão do Santinho. As características do trajeto entre o Aeroporto Hercílio Luz e o lado norte da capital catarinense é um dos detalhes que tira o sono das autoridades. A superfície acidentada seria propícia para ataques surpresas de vândalos.
A segurança dentro do local do evento ficará a cargo de uma empresa terceirizada.
Para evitar qualquer surpresa, nenhum detalhe sobre a operação é fornecido pelos órgãos envolvidos no workshop da Fifa. (Informações do MSN/ESPN)