O vice-presidente do Flamengo, Flávio Godinho, foi um dos presos nesta quinta (26) em meio ao cumprimento dos dez mandados de prisão preventiva relacionados à Operação Eficiência, segunda fase da Calicute, braço da Lava Jato. As informações são do Uol Esporte.
O vice-presidente do Flamengo, ex-braço direito de Eike Batista, é investigado ainda pode ter dado propina ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, no valor de US$ 16,5 milhões (aproximadamente R$ 52,3 milhões). Ele é acusado de ocultação e lavagem de dinheiro.
“O dinheiro foi pago usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. Esse valor foi solicitado por Sérgio Cabral a Eike Batista no ano de 2010, e para dar aparência de legalidade à operação foi realizado em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Batista, e a empresa Arcadia Associados, por uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro. A Arcadia recebeu os valores ilícitos numa conta no Uruguai, em nome de terceiros mas à disposição de Sérgio Cabral”, informa a nota oficial do Ministério Público.
O Flamengo ainda não se manifestou sobre o caso, mas o clube já sabia da possibilidade de prisão de seu dirigente e deve se pronunciar ainda nesta quinta (26). A exoneração do vice já está sendo discutida internamente e o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, trata especialmente da questão. Até então, não havia motivos para Godinho ser afastado de seu cargo na diretoria, até por ser homem forte dentro do clube.
A polícia federal cumpriu mandados de dez prisões preventivas (por tempo indeterminado), quatro conduções coercitivas e o cumprimento de buscas e apreensões em 27 endereços no Rio de Janeiro, Niterói, Miguel Pereira e Rio Bonito.
O empresário, o vice-presidente do Flamengo e o ex-governador do Rio ainda são acusados de obstrução da investigação relacionada a busca e apreensão em um endereço vinculado a Batista em 2015, quando apreendidos extratos que comprovavam a transferência dos valores ilícitos da conta Golden Rock para a empresa Arcádia.
“De maneira sofisticada e reiterada, Eike Batista utiliza a simulação de negócios jurídicos para o pagamento e posterior ocultação de valores ilícitos, o que comprova a necessidade da sua prisão para a garantia da ordem pública”, explicam os procuradores corresponsáveis pela Operação.