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Taxistas aguardam mudanças nos serviços de táxi de Barreiras

Foi acordado o reajuste para a tarifa que passará a ser única e a padronização dos veículos Ivana Dias Tarifa única e padronização dos táxis de Barreiras foram os assuntos discutidos na reunião realizada no último dia 22, entre representantes da Associação de Taxistas e o chefe do Poder Executivo do município. Sem reajustes de tarifa desde o ano de 2010, o Sindicato dos […]

Foi acordado o reajuste para a tarifa que passará a ser única e a padronização dos veículos

Em Barreiras, existem 149 taxistas filiados ao sindicato, dos quais apenas 32 fazem parte da Associação de Taxistas / Foto Ivana Dias
Em Barreiras, existem 149 taxistas filiados ao sindicato, dos quais apenas 32 fazem parte da Associação de Taxistas / Foto Ivana Dias

Ivana Dias
Tarifa única e padronização dos táxis de Barreiras foram os assuntos discutidos na reunião realizada no último dia 22, entre representantes da Associação de Taxistas e o chefe do Poder Executivo do município.

Sem reajustes de tarifa desde o ano de 2010, o Sindicato dos Taxistas de Barreiras elaborou uma planilha baseada nos custos de manutenção dos veículos, com valores praticados há quatros anos e os valores atuais, para justificar a solicitação de 40% de reajuste no valor da tarifa. No entanto, foi acordado entre as partes durante a reunião, a extinção da Bandeira II, o aumento para a tarifa que passará a ser única e ajustes nas tarifas de outros serviços inclusos na tabela da categoria.

“O assunto tratado foi baseado na planilha fornecida pelo sindicato. A mudança para tarifa única é interessante. Houve um pequeno aumento em torno de 20%, não foi o que esperávamos, não vai cobrir todos os reajustes que aconteceram nesses anos, porque fazemos a planilha baseada em itens básicos como gastos de gasolina, manutenção do carro, do salário mínimo, mas a gente vê um pouco pela população, o prefeito esclareceu e nós entendemos, temos que ser flexíveis”, disse um dos integrantes da Associação dos Taxistas, Absolon Ribeiro da Silva, que ressalta ainda outros pontos positivos do acordo. “A negociação foi válida, nós vamos trabalhar com a Bandeira I que é um preço melhor. Não vai deixar de existir aqueles que reclamam por ter acabado a Bandeira II, pois trabalham a noite, mas em outro ponto não haverá mais a desconfiança por parte dos clientes em relação ao horário das bandeiras”, concluiu.

Novas tarifas
A Bandeira I é cobrada de segunda a sexta, das 7h até às 20h, e custa R$ 2,60 o quilômetro. Aos sábados a partir do meio dia até segunda-feira às 7h, e durante os feriados, Bandeira II, cujo valor é de R$ 3,60 o quilometro. É permitida ainda, a cobrança da Bandeira II em situações de corridas a partir de três passageiros, mesmo em dias normais, independente de horário; carga completa, quatro passageiros e em caso de excesso de bagagem. Com as mudanças, a Bandeira I – que será única e praticada durante todos os dias e horários, que hoje custa R$ 2,60, foi reajustada para R$ 3,80, a saída de R$ 3,20 vai para R$ 3,80, a hora parada de R$ 28,00 foi arredondada para R$ 30,00.

De acordo com o taxista e colaborador do Sindicato dos Taxistas, Juscelino Barbosa Pereira, o valor da bandeirada de saída, que custava R$ 3,20, foi definida desde que os taxistas passaram a trabalhar utilizando taxímetros, no ano de 1994, e os preços atuais dos serviços prestados desde 16 de abril de 2010, ano em que ocorreu o último reajuste.

“Comparamos os valores atuais referentes à manutenção do veículo, com o ano do último reajuste para produzir a planilha de custo. Se gastávamos R$ 15,00 com lavagem do carro hoje pagamos R$ 30,00, de R$ 1,56 de gasolina passamos a pagar R$ 3,17, a troca de pneu que custava R$ 8,00 agora custa R$ 15,00. Os custos dobraram, os valores defasaram e os gastos aumentaram no decorrer dos quatro anos”, justificou Juscelino.

Em relação à extinção da Bandeira II, Juscelino acredita ser válido, pois irá contribuir no cumprimento da cobrança correta da bandeirada. “Ocorre um descumprimento inclusive por parte dos taxistas da rodoviária, que é o portão de entrada da cidade, que usam Bandeira II fora do horário permitido. Esse foi um dos motivos em sugerir ao prefeito que fosse extinta a Bandeira II, permanecendo apenas a Bandeira I, que não causa muito impacto ao usuário”, disse. Segundo o prefeito Antonio Henrique, o serviço de táxi é uma concessão pública que necessita de melhorias, e garantiu que as condições serão criadas para que as mudanças aconteçam. “Acabaram as tarifas I e II, agora é única em todos os dias e horários. Haverá ainda a padronização e numeração da frota. Dessa forma vamos melhorar a qualidade do serviço prestado na cidade, beneficiando, os usuários deste serviço”, disse Antonio Henrique.

Padronização
A padronização dos táxis, que depende de aprovação do Poder Legislativo, irá exigir o uso da cor única, branca, em todos os veículos de transporte de passageiros ― táxi. A ação é uma forma de caracterizar os 149 táxis e tirar os clandestinos de circulação, assim como favorecer o consumidor para uma possível denúncia,quando necessário.

Na Lei Orgânica do Município – 784/07 existe um prazo legal de 10 anos de validade para que o veículo permaneça na praça, a partir da data de fabricação. Por mais conservado que o veículo esteja, se de acordo com a data de fabricação, ele atingir os 10 anos de uso, não poderá ser emplacado e legalizado para o serviço de táxi. No caso de veículos financiados deve haver uma carência mínima de quatro ou cinco anos, a depender do prazo de financiamento.

Os carros de cores diferentes, no momento irão permanecer até o prazo da substituição – 10 anos de validade, para a partir da publicação da Lei seguirem as novas normas.

Para intensificar a identificação do táxi, será obrigatório ainda, o uso número do alvará e o telefone da Secretaria de Transporte para denúncia, como já acontece nas capitais.

Publicação
O valor da taxa única já foi estabelecido, porém ainda não foi publicado. Os representantes do sindicato e da associação dos taxistas aguardam a publicação no Diário Oficial (DO), para que as mudanças entrem em vigor e, posteriormente, os profissionais possam providenciar as mudanças referentes ao taxímetro. Até o fechamento desta edição, a redação não obteve retorno da Dircom sobre a data prevista para a publicação no DO. (Jornal do São Francisco)

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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