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DF: ‘Operação Banknet’ golpes renderam R$ 50 milhões

Quadrilha formada por grupo de amigos de Planaltina se especializou em desfalques bancários por meio da internet. Além do líder do grupo, preso em setembro, operação da Polícia Civil resultou na detenção de sete acusados, entre eles, três mulheres De origem simples, oito jovens de Planaltina começaram a chamar a atenção na cidade por, subitamente, […]

Quadrilha formada por grupo de amigos de Planaltina se especializou em desfalques bancários por meio da internet. Além do líder do grupo, preso em setembro, operação da Polícia Civil resultou na detenção de sete acusados, entre eles, três mulheres

Agentes da Corf prenderam ontem sete pessoas: festas, carros de luxo, joias e roupas de gripe chamaram a atenção dos vizinhos e da polícia
Agentes da Corf prenderam ontem sete pessoas: festas, carros de luxo, joias e roupas de gripe chamaram a atenção dos vizinhos e da polícia. Foto: Reprodução

De origem simples, oito jovens de Planaltina começaram a chamar a atenção na cidade por, subitamente, aparecerem ostentando riqueza. Carros de luxo, joias caras e festas badaladas passaram a fazer parte do universo do grupo. O esbanjamento levou à desconfiança tanto dos moradores da região quanto da polícia. Os amigos se tornaram alvo de uma complexa investigação. Descobriu-se que eles, na verdade, integravam uma das mais organizadas quadrilhas especializadas em fraudes bancárias da capital do país. Estima-se que, com os golpes, tenham desviado mais de R$ 50 milhões de diversas instituições financeiras. …

Sete dos oito suspeitos foram detidos na manhã de ontem durante a Operação Banknet, deflagrada pela Coordenação de Crimes contra o Consumidor, Ordem Tributária e Fraude (Corf). O suspeito de ser o líder da quadrilha, Márcio Rezende, estava preso desde setembro. Além das detenções, os agentes apreenderam documentos e computadores. Todo o material será periciado. “Somente em um computador havia 950 números de contas-correntes prestes a serem fraudadas. Isso dá a dimensão do quanto essa quadrilha lucrava com tal prática criminosa”, afirmou o titular da Corf, delegado Jeferson Lisboa.

O esquema milionário era engenhoso (veja ilustração). O grupo procurava pessoas com dívidas altas no governo, principalmente tributos e multas de trânsito. Os inadimplentes recebiam a garantia de que teriam o débito quitado. Em contrapartida, pagavam à quadrilha pelo menos 50% do valor da cobrança. A internet, então, era o meio usado pelos bandidos para arrecadar dinheiro. Hackers criavam páginas virtuais idênticas às dos bancos. As vítimas, ao tentarem fazer transações financeiras pelo sites, eram direcionadas para o endereço falso. Ao digitarem a senha e informações pessoais, elas, na verdade, estavam municionando a organização criminosa.

O chefe do bando, que se identificou como brigadista, também foi preso com um relógio avaliado em R$ 30 mil
O chefe do bando, que se identificou como brigadista, também foi preso com um relógio avaliado em R$ 30 mil. Foto: Reprodução
Uma Hilux foi apreendida com Márcio Rezende, líder da quadrilha
Uma Hilux foi apreendida com Márcio Rezende, líder da quadrilha. Foto: Reprodução

Laranjas

De posse de todos os dados dos clientes lesados, os integrantes da quadrilha faziam saques e, com esse dinheiro, sanavam os 1387450043tributos e as multas dos “clientes” devedores do governo. Para dificultar a ação da polícia, a quadrilha armazenava o dinheiro sujo em dezenas de contas de laranjas abertas no Distrito Federal e em outras unidades da Federação. Todo o prejuízo ficava para os bancos, uma vez que são obrigados a ressarcir os correntistas enganados.

O chefe do bando, o brigadista Márcio Rezende, havia sido preso há três meses, mas a detenção dele não chegou a ser divulgada. Crentes de que a Corf encerraria as diligências com a retirada dele do circuito, o bando se reorganizou e continuou a operar. No decorrer das investigações, a polícia descobriu que, mesmo atrás das grades, Márcio continuava a dar ordens aos subordinados. O meio usado por ele para repassar informações ao grupo não foi informado.

O braço direito de Márcio era Marcos Carvalho. Além dele, foram detidos: Bruno Oliveira, Ricardo Graças, Átila Santos, Carolina Ribeiro, Ingridh Castro e Cláudia Silva. Todos foram indiciados por furto qualificado e formação de quadrilha. Se condenados, podem pegar pena de até 16 anos de prisão.

Funcionários de bancos

Além do furto de senhas pela internet, a polícia apura o provável envolvimento de funcionários de bancos na fraude. A Corf interceptou centenas de e-mails com o mesmo padrão enviados à quadrilha por um servidor de uma grande instituição financeira. Neles, o empregado encaminhava dados de clientes à quadrilha. “A investigação não acaba por aqui. Vamos cruzar mais informações e, se ficar comprovada a efetiva participação deles (funcionários dos bancos) no esquema, realizaremos novas prisões”, destacou o delegado Lisboa.

Dicas de segurança

O que fazer para não se tornar uma vítima de fraude na internet

» Mantenha o sistema de proteção do computador atualizado. Um bom antivírus impede a invasão de cibercriminosos, além de eliminar arquivos que copiam dados do computador pessoal.

» Evite o acesso a páginas deconhecidas em que seja exigido qualquer tipo de senha para o ingresso.

» Spams seduzem o internauta com assuntos que despertam a curiosidade. Resista e delete o e-mail sem abri-lo.

» Fique atento a qualquer e-mail ou mensagem, mesmo de amigos, e não abra anexos ou clique em links suspeitos.

» Evite fazer qualquer compra em computadores públicos, pois podem ter vírus que prejudicam a segurança da transação.

(*Informações do Correio Braziliense)

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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