Da Folha Geral, em Salvador* O poker hoje é considerado um dos jogos de cartas mais difundidos no mundo. E no Brasil, isso não é diferente. Com isso, é perceptível como vem angariando cada vez mais jogadores por uma série de razões.
Em 2013, Chris Moneymaker, por meio de jogadas regadas de habilidade e técnica (requisitos básicos no jogo) no Main Event do WSOP, plantou a semente do interesse entre os brasileiros. Mas a popularidade foi conquistada no Brasil após o reconhecimento do poker como um jogo mental – assim como o xadrez – pela Associação Internacional de Esportes da Mente (IMSA), propagando o interesse até para os que nunca haviam jogado.
Vale citar que o amor que muitos trazem pelo jogo não nasceu apenas por estes motivos. Grandes nomes do esporte nacional ajudaram a disseminar a modalidade, como por exemplo o ex-camisa 9 da Seleção, Ronaldo Fenômeno e o atual craque e ídolo da juventude esportiva, Neymar Jr.
Ronaldo é um dos principais nomes e responsável por popularizar o jogo no Brasil, incentivando novos profissionais que desejam aprender poker ou mesmo jogar profissionalmente. Já Neymar e outras estrelas internacionais, como o português Cristiano Ronaldo não somente compartilham suas fotos jogando, mas levam a sério, como um verdadeiro estilo de vida.
Além disso, alguns profissionais do poker brasileiro como André Akkari conquistaram fama com suas jogadas. André tornou-se campeão do WSOP e integrou o Team PokerStars, um time oficial de um dos maiores sites do segmento no mundo. Conhecido por ter uma postura amistosa em relação a outros jogadores, recentemente em uma publicação ele prestigiou a vitória de seu colega, Thiago ‘Decano’ Nishijima, que ganhou o terceiro título mundial de poker para o Brasil. Thiago não é um dos veteranos (foi apresentado ao poker em 2006 por um amigo), mas tem jogadas inteligentes e traz consigo uma legião de seguidores.
Os campeonatos nacionais e mundiais, como o WSOP (World Series of Poker) também atraem muitos interessados. Segundo a Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH), o número de participantes nos torneios de poker aumentou relevantemente de 2009 até 2015, com um número aproximado de 5 milhões de jogadores ativos no país. A confederação afirma ainda que os números podem ser ainda maiores se forem contabilizados os grupos que se reúnem extraoficialmente para jogar.
No Brasil, um dos eventos de maior destaque é o BSOP, ou Brazilian Series of Poker. O torneio, que surgiu em 2006, conta hoje com mais de 800 participantes por etapa no Main Event, e alcançou o status de segundo maior torneio de poker por reunir no final do ano passado a marca de 2930 participantes. Somando à estrutura da competição, que é focada no sucesso do jogo, a previsão é que o evento cresça e atraia mais competidores.
Apesar da expansão pelo país, São Paulo e Santa Catarina são dois principais principais polos de jogos de poker no Brasil. Neste ano, das sete etapas do BSOP, duas ocorreram em São Paulo (a última temporada começou no dia 25 de novembro).
Com tudo isso, o poker além de entreter, tem contribuído para a criação de novos empregos e, segundo os próprios campeões, possíveis novos grupos, ou QG’s para a formação e o aperfeiçoamento dos jogadores, com cursos, palestras e coachings que resultarão no aumento da popularidade do esporte no país.
