Da Folha Geral, em Salvador* 
Cerca de 50 moradores do Assentamento da Ilha Liberdade, localizado há 22 quilômetros do centro de Barreiras, dedicaram parte do último sábado (28) a cuidarem da saúde. Acadêmicos do 9° ano de Enfermagem da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB) promoveram orientações individualizadas depois de aferidas a pressão arterial e a glicemia. Os acadêmicos também ministraram uma palestra que mostrou a importância da prevenção das doenças para melhorar a qualidade de vida da população.
Há 12 anos na Ilha da Liberdade, a moradora Alzira Marques dos Santos conseguiu identificar durante a atividade que a pressão estava um pouco alta. “Eu já sabia, mas a receita do remédio acabou e não fui atrás”, reclama. Há dez anos no povoado, Maria da Silva, aprovou a ação e aproveitou para reclamar da carência de ações de saúde pública na localidade. “Precisamos de mais apoio. O posto de saúde mais próximo fica em Barreirinhas, dificultando a identificação de doenças e tratamento”, diz.
O foco na hipertensão e diabetes partiu de um diagnóstico produzido na visita às 73 famílias do povoado, que demonstrou a alta incidência destas doenças entre os moradores bem como a falta de tratamento. A precariedade da atenção básica à saúde da localidade mostra a importância do trabalho desenvolvido pelos estagiários da FASB na Ilha da Liberdade, aponta a acadêmica Deusitânia Fonseca. “Foi muito enriquecedor conhecer as demandas e as deficiências da saúde pública no local e buscar intervir para alertar estas pessoas sobre a importância da prevenção”, diz.
Na oportunidade, foi realizada uma doação de aparelhos de medição de pressão arterial e glicemia para o monitoramento contínuo pelos próprios moradores da Ilha da Liberdade. A atividade, realizada também pelos acadêmicos Cleidimar Chagas e Maria José Rodrigues, integra a disciplina de saúde pública do curso de Enfermagem da FASB, ministrada pela docente Cleide Maria Fernandes. “A palestra de orientação e a aferição da pressão arterial e da glicemia é uma forma dos acadêmicos vivenciarem e aplicarem a prática cotidiana da função”, ressalta.
Divulgação / Araticum
