Com o término das cinco Plenárias Municipais que antecedem o Congresso Municipal, previsto para ocorrer em 13 e 14 de novembro, já podemos ter uma perspectiva em relação à candidatura do PSOL para disputar a Prefeitura de Salvador durante as eleições de 2016. A disputa ao Palácio Thomé de Souza, provavelmente, será marcada pelo surgimento de uma nova liderança do Partido Socialismo e Liberdade.
O processo eleitoral interno do partido deverá apontar o nome do Sociólogo e professor da UNEB, Fábio Nogueira, como a nova aposta do PSOL para entrar no páreo pela gestão da Prefeitura de Salvador. Fábio Nogueira é um jovem negro, de 37 anos, militante do Círculo Palmarino, instituição do movimento negro nacional, possui mestrado pela Universidade Federal Fluminense sobre “ O Pensamento do Intelectual Negro Clóvis Moura” e, atualmente, é doutourando de Sociologia da USP onde vai defender a tese de doutorado no mês de novembro, intitulada “Intelectuais da Raça de Cor, Nacionalismo e Afrocubanismo (1912-1945)” e é autor do livro de poesias Porto, lançado em maio, no CEAO-UFBA, da capital baiana.
“A candidatura do PSOL tem o compromisso com a defesa dos valores culturais negros de origem africana. É importante termos mais candidaturas negras, independente de quem vai ser o candidato, precisamos ter mais negros ocupando espaços de poder. Devemos valorizar o legado histórico, cultural e simbólico da população negra”, destaca Fábio Nogueira, provável pré-candidato a Prefeito e integrante do Coletivo Rosa Zumbi, corrente interna do PSOL.
Nogueira salienta que o PSOL sempre se apresentou nas eleições com ênfase nas pautas que são de interesse da população mais pobre da cidade. Para ele, Salvador precisa de uma alternativa de esquerda que tenha como objetivo fazer uma gestão com foco na população mais carente. O Sociólogo cita como exemplo a elevada quantidade de pessoas que morreram durante as enchentes. “Algo que poderia ter sido evitado se ACM Neto e os gestores anteriores tivessem uma verdadeira preocupação com as famílias das periferias”, questiona.
Jaqueline Barreto