Reguladores da Comissão Europeia estão coletando feedbacks dos rivais do Google para definir se aceitará a oferta de mudança de algoritmo do gigante de buscas. O anúncio, que pode dar fim a um processo antitruste que dura mais de três anos, deve ocorrer nesta segunda-feira, 28.
Em julho, os competidores da companhia negaram a proposta do Google que pretendia aliviar supostas práticas anticompetitivas, que privilegia indevidamente os serviços do próprio buscador. Isso levou a Comissão Europeia a exigir novas concessões da empresa.
No início deste mês, o Google ajustou a oferta para permitir que rivais exibam seus logotipos nos resultados de buscas, e também vai permitir que os anunciantes exportem suas campanhas publicitárias para outras plataformas, como o Bing da Microsoft.
Cenário nacional
No Brasil, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) abriu três investigações contra o Google Inc. e o Google Brasil por supostas práticas anticompetitivas, após acusações apresentadas pela E-Commerce Media Group, dona dos sites Buscapé e Bondfaro, e pela Microsoft.
Um dos processos investiga se a gigante de buscas americana estaria privilegiando indevidamente o Google Shopping ante outros mecanismos de comparação de preços, tanto nos resultados comuns (busca orgânica) quanto entre os links patrocinados. A análise do Cade também vai avaliar se o buscador está adotando “mecanismos” para confundir o usuário na identificação dos resultados de pesquisas.
Outra linha de investigação tratará do “scraping” (“raspagem”), método pelo qual o Google estaria se apropriando de conteúdo de sites rivais. Comentários de clientes sobre a qualidade de produtos ou lojas, reunidos pelo Buscapé e pelo Bondfaro, estariam sendo usados indevidamente pelo Google Shopping.
Já a Microsoft, dona do buscador Bing, afirma em sua reclamação ao Cade que o contrato de prestação de serviços do Google AdWords contém restrições anticompetitivas. Segundo a companhia, o buscador impôs restrições que dificultam o gerenciamento de campanhas publicitárias simultaneamente no Google e em sites concorrentes, com o objetivo de desestimular anunciantes a também veicularem suas campanhas em serviços concorrentes.
Em resposta, o Google diz que vai cooperar com o CADE e afirma que investigações semelhantes feitas em outros países “não encontraram violações das leis vigentes”.
(*Com informações do Olhar Digital)