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Saiba como Nelson Lins deixou de ser gerente de banco e modelo para se tornar empresário da rede de academias que mais cresce no Brasil

Muitos jamais imaginariam, mas o empresário Nelson Lins, dono da Selfit, que está entre as três maiores redes de academias da América Latina, já passou fome e sede. “Nasci em Recife em uma família de classe média. Tenho três irmãs e nossa situação financeira ficou difícil quando nossos pais separaram. Cheguei a passar fome e […]

Saiba como Nelson Lins deixou de ser gerente de banco e modelo para se tornar empresário da rede de academias que mais cresce no Brasil
Nelson Lins. Foto: Tiago Lima / MF Press Global

Muitos jamais imaginariam, mas o empresário Nelson Lins, dono da Selfit, que está entre as três maiores redes de academias da América Latina, já passou fome e sede. “Nasci em Recife em uma família de classe média. Tenho três irmãs e nossa situação financeira ficou difícil quando nossos pais separaram. Cheguei a passar fome e sede, que é ainda pior. Graças à nossa fé em Deus conseguimos nos levantar e hoje todos estão bem de vida”, exalta Nelsinho.

Logo após completar 18 anos, ele começou a trabalhar como modelo por acompanhar a namorada que já atuava na área. Depois disso trabalhou em empresas como vendedor até que, aos 23 anos, passou em um teste no Bradesco. Nelson Lins exerceu todas as funções no banco até chegar ao cargo de gerente.

“Sempre fui muito bom vendedor e decidi arriscar em 2009 apesar de bater todas as metas no banco. Montei um projeto, pensei no tipo de empresa que poderia abrir e teria prazer em trabalhar. Sempre gostei da área de esportes e durante seis meses fiz o projeto para abrir uma academia. Como gerente ganhava em torno de R$ 5 mil, R$ 6 mil, mas não tinha condição de abrir uma academia de R$ 300 mil. Mas como tinha muita experiência de crédito, sabia exatamente como conseguir este dinheiro emprestado. Sabia que tinha o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) com juros muito baixos. Apresentei o projeto no Banco do Brasil e fui aprovado. Usei a rescisão do Bradesco, peguei R$ 220 mil emprestados do Banco do Brasil e abri uma unidade de médio porte em Recife. Fiquei até 2012 com essa unidade para tentar fazer um projeto maior. A ideia era de alguma forma revolucionar o fitness no Brasil. Via várias fragilidades no mercado e via que não existiam empresas. A maioria eram academias feitas por professores de educação física. Algumas empresas em São Paulo eram mais estruturadas. Quando consegui pagar as parcelas e esse crédito aumentou, resolvi fazer este projeto de expansão. Conheci em 2012 meu sócio, o José Leonardo, que é um cara extremamente competente e profissional. Ele foi tão responsável como eu pela idealização e se não fosse por ele o projeto não teria chegado onde chegou. Inclusive em alguns momentos passei por dificuldades pessoais e ele tocou sozinho o projeto. Montamos uma academia em Salvador e depois de ultrapassarmos todos os limites de créditos nos bancos conseguimos um grande fundo de investimento americano. Estávamos na hora certa e no momento certo. Foi aí que o negócio teve uma alavancagem substancial e agressiva”, detalha Nelson Lins.

“Sempre busquei algo que me desse paixão em fazer. Percebi que o emprego no banco era extremamente incerto e percebi que precisava ousar.

Saiba como Nelson Lins deixou de ser gerente de banco e modelo para se tornar empresário da rede de academias que mais cresce no Brasil
Nelson Lins. Foto: Tiago Lima / MF Press Global

Quando pesquisei o mercado vislumbrei revolucionar o fitness no brasil. As pessoas falavam que eu era sonhador e louco. Passei muita dificuldade nos primeiros anos da empresa pois foi no auge da crise de 2009 quando todos falavam que era impossível conseguir crédito nos bancos. Enquanto a maioria das academias se preocupavam com o mercado regional, sempre fui um pouco megalomaníaco e olhava para os grandes no Brasil. Queria ser maior que eles! Lembro das dificuldades que passei na primeira unidade. Passava muitas vezes as madrugadas limpando e encerando o piso da academia porque os alunos iriam chegar às 5h30 da manhã para malhar. Algumas vezes a academia quase quebrou pois não tinha alunos.

Distribuía panfletos nas ruas, consertava telhas quebradas que davam goteira em dias de chuva, fazia tudo nessa primeira unidade para economizar. Vendia os planos na recepção e hoje quando vou para inaugurações ainda gosto de ir para a recepção vender e atender os alunos. Vivia dentro da unidade porque só tinha um tiro, uma bala e não podia correr o risco de dar errado. Tinha que estar ali para o negócio dar certo de todo jeito. O medo de passar a dificuldade que já passei era tão grande que não queria arriscar. Quando passava fome cheguei a me vestir de elefantinho para animar uma festa infantil para ganhar R$ 25″, lembra o dono da Selfit.

A rede tem atualmente 18 academias espalhadas pelas cidades de Salvador, João Pessoa, Recife, Natal, Maceió, Teresina, Caruaru e Jaboatão dos Guararapes. A previsão é ter 35 unidades até o fim de 2017 e 105 unidades até 2020. A estimativa de faturamento anual da Selfit em 2017 é de R$ 110 milhões.

Os supreendentes números da rede de academia a coloca entre as três maiores da América Latina. Com início do processo de franquias em junho e com investimento de cada unidade de R$ 4,5 milhões, o objetivo da Selfit é se tornar a maior rede de academias da América Latina.

Da Folha Geral, em Salvador*

*Com colaboração de (agência, assessoria ou especialista)

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