Espetáculo "MAÇÃ - um acontecimento cênico"

MAB inaugura “Laboratório de Experimentação Estética”

O Museu de Arte da Bahia inaugura no dia 5 de maio, às 19h, o Laboratório de Experimentação Estética idealizado pelo diretor do MAB, Pedro Arcanjo. Para a inauguração será apresentado o acontecimento cênico “Maçã”, produzido pelos artistas do COATO e dirigido pelo aluno-diretor da Escola de Teatro da UFBA, Marcus Lobo. A entrada é franqueada ao público com idade mínima de 16 anos.

O Laboratório do MAB é definido por Pedro Arcanjo como “um espaço multifuncional com a finalidade de estimular a experimentação das diversas áreas do conhecimento funcionando, sobretudo, como um local para novos valores artísticos em todas as áreas criativas – artistas visuais, músicos, escritores, poetas, dançarinos, cineastas em início de carreira, que tem dificuldade em encontrar espaço para montar e apresentar seus trabalhos”.

O espaço localizado no anexo do MAB – prossegue o diretor do Museu – “pode funcionar também como galeria de arte, ou cenário para instalação de videos, performances e filmes, recitais poéticos e musicais”. Os interessados deverão procurar a Direção do MAB, que tem uma equipe especial para acompanhar os projetos de demanda dos novos talentos.

Autor do projeto “Maçã”, primeiro acontecimento cênico a ocupar o espaço do MAB, Marcus Lobo fala com entusiasmo da ocupação do Laboratório de Experimentação Estética do MAB, a que se refere como um “espaço que dialoga com as artes, os artistas e a comunidade, ao criar mais esse projeto que representa importante iniciativa do Museu como lugar de arte, de eco e cores para o artista que tem muito pouco espaço de experimentação para a sua criação”.

Nesta mesma data, quinta-feira,5, o MAB, unidade vinculada ao IPAC, autarquia da Secult/BA, apresenta às 15h no seu auditório a Camerata da OSBA “Quarteto Novo”. Atividade gratuita.

Sinopse Maçã:
Escolher é um verbo de ação que requer um deslocamento, seja físico, metafórico ou mental, automaticamente a escolha te faz excluir todas as outras opções e isso te impulsiona ou te faz retroceder. Nada pode ser considerado concretx. Esta obra efêmera se chama MAÇÃ, e não poderia ser qualquer fruta, ela acontece de acordo com o momento e dialoga com x espectadxr provocandx-a uma auto reflexão acerca do ser mulher, ser coletivx, ser enquanto parte indissociável da outrx, partículas subatômicas conectadas mesmo a milhões de anos luz uma da outrx, o ser que escolhe e não se esconde na caverna com medo das consequências, o ser paradoxal.

Para os COAT@S, as relações entre o lugar que se vê e o lugar de onde se vê devem ser quebradas/questionadas. A verdade deve ser questionada, subvertendo o ângulo do onde se vê. Um certo jardim, poeira cósmica, uma mulher, uma serpente, restos de teorias, nudez castigada, uma mordida. Morder a fruta proibidx sempre te expulsa de algum paraíso. Uma cidade acaba de cair nesse exato momento.